sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

19 de Dezembro de 2009

Pensamentos Avulsos


''Não importa o que faremos de nós. O que importa é o que faremos daquilo que fizeram de nós.''


- Às vezes, em alguns dias como o de hoje, fico pensando no quanto já fui ofendido, usado e até humilhado. Penso e ainda dói. Vejo que tempo é nada. Nada passa. E digo: qual é o ponto? O que estou fazendo com a minha vida? Infelizmente, chego quase sempre à mesma conclusão : que faço da minha vida o que as pessoas queriam que eu fizesse.


- Perfeito é só aquilo que é idealizado, projetado; perfeição é o nome dessa máscara, feita por nós, para encobrir a verdade (e verdade é o que está atrás da máscara, o imperfeito, o sujo.) E todos usam as máscaras que lhe são atribuidas. Todas as pessoas são hipócritas.

domingo, 25 de outubro de 2009


Cheguei no Café com a minha menina, vestindo um pullover e com ar sério. Chamei a garçonete sutilmente e, gastando todo o sotaque italiano que não tenho, pedi:
- '' Por favor, um Caffè Latte'' - e ela, agindo rotineiramente, se dirigiu à outra garçonete, a que fazia os cafés:
- Faz um pingado pro moço aqui.
E foi esse o dia em que me senti um pedreiro. Fiquei imaginando se ela traria o café em uma caneca de 'prástico' ou em um copo americano...
Tem um vaga-lume caminhando lentamente pela tela do meu computador.Solitário...Perdido...

domingo, 20 de setembro de 2009

Neuróticos do Mundo, Uni-vos!

Eis que quando o domingo fez meia-noite, reencontrei um amigo, um velho amigo de noites de whisky e frio. O único capaz de acalmar-me. E não nos viamos desde ano passado. Agora ouço Elliott Smith cantando baixinho para mim, sinto um amargo característico em minha boca, e uma sonolência lenta, sem sentimento algum. Amanhã com certeza irei desfrutar de sua companhia apaziguadora novamente. Hoje, quero apenas dormir.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Segunda - Feira - 10/08/2009

Volta às aulas.
Uma Rolleiflex SL 35 em mãos.
Solidão.
Faltam-me palavras.
Agora?
Ver um filmezinho do Buster Keaton e dormir.

Um dia ela disse que somos sozinhos.
Eu disse que não, que só somos sozinhos se quisermos assim.
Agora?
Sou só.

domingo, 26 de julho de 2009


You are The Hermit


Prudence, Caution, Deliberation.


The Hermit points to all things hidden, such as knowledge and inspiration,hidden enemies. The illumination is from within, and retirement from participation in current events.


The Hermit is a card of introspection, analysis and, well, virginity. You do not desire to socialize; the card indicates, instead, a desire for peace and solitude. You prefer to take the time to think, organize, ruminate, take stock. There may be feelings of frustration and discontent but these feelings eventually lead to enlightenment, illumination, clarity.


The Hermit represents a wise, inspirational person, friend, teacher, therapist. This a person who can shine a light on things that were previously mysterious and confusing.


What Tarot Card are You?
Take the Test to Find Out.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

''...o que te faz continuar ? tem que ter algum motivo, sei lá.''

O que me faz continuar? A curiosidade pelo Acaso.E nada mais.

“Quando se vive, nada acontece. Os cenários mudam, as pessoas entram e saem, eis tudo. Nunca há começos. Os dias se sucedem aos dias, sem rima nem razão.'

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Caio Fernando Abreu - a imagem que eu tinha dele era a de um cara delicado e extremamente triste, angustiado e solitário, colocava-o lado a lado com Clarice Lispector, Fernando Sabino e outros grandes de seu tempo.
Após ler Morangos Mofados, notei que o escritor é EXTREMAMENTE superestimado. Ele não é tudo isso nem a pau. É só um drogado deprimido. E nesse quesito, meu velho, prefiro meu querido William Seward Burroughs. Aliás, gostei do Caio, gostei sim,como gosto do Burroughs(não tanto quanto), mas senti uma coisa nos textos dele: parece que escreve para exorcizar seus próprios demônios, escreve para desabafar. Feio demais chamar isso de literatura. O que salva é que , como Burroughs, o cara tem lampejos de lirismo impressionantes e fluxos de pensamentos plausíveis. Resumindo, é bom sim, mas não é tudo isso que dizem por aí.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Terça-Feira, 7 de Julho de 2009


Oi!

Hoje eu acordei meio apático, meio indiferente. Vesti um casaco de couro preto usado que comprei bem barato e fui trabalhar de moto. O dia foi tranquilo mas fiquei o tempo todo sentindo uma dorzinha no peito e um nó na garganta e uns sentimentos confusos: mistura de raiva, decepção e saudade. Logo que cheguei em casa, coloquei uma seleção de músicas na playlist do computador e deitei no escuro. Lá pelas sete e meia um amigo apareceu aqui de repente. Botamos o papo em dia, combinamos de sair uma noite qualquer, quem sabe ele passa aqui. Depois voltei para o quarto: mais música no escuro com a cabeça afundada no travesseiro. Resolvi tomar um banho. Banho tomado, volto ao mesmo quarto, ouço agora o ''As quatro estações'', da Legião Urbana (tão triste e tão bonito!). Vou deitar de novo. E lá, com a cabeça afundada no travesseiro, vou pensar, talvez chorar um pouco, e depois dormir. Até amanhã. Tenha bons sonhos e uma quarta-feira leve e tranquila.
Um beijo;
Até. (Quando?)

''We live in a beautiful world, yes we do yes we do...''

O mundo é só um lugar sem graça onde bilhões de pessoas acordam cedo todos os dias e seguem para seus trabalhos. É feio e é podre. A beleza do mundo está nos olhos de quem vê. É uma projeção, uma construção, e não um fenômeno. Para mim, algumas coisas tem que estar juntas para que haja beleza em uma pessoa: a sutileza, a doçura, a sinceridade tão rara nos dias de hoje. E é inconcebível que essa pessoa seja vulgar. A vulgaridade é uma das coisas mais feias. A beleza não é estética para mim. É algo ligado ao caráter, à personalidade e à linguagem. Vivo em busca da beleza ideal, mas muitas vezes engano-me, ao julgar tê-la encontrado. É incrível como uma única palavra pode destruir toda a beleza idealizada que foi projetada. Posso, facilmente, passar da admiração ao nojo. Realmente, os limites de minha linguagem denotam os limites do meu mundo. E eu tento, me esforço, para ver e viver em um mundo bonito.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Já escrevi sobre isso anos antes em algum lugar e volto a falar disso agora. Todo mundo sabe que eu comprei uma moto.Ponto. E uma vontade, um ''obscuro objeto de desejo'' que eu tinha, se tornou mais forte.Explico. Sempre, andando pela rua em um dia comum, ou em um ônibus viajando, enfim, à qualquer hora do dia durante todos os dias, eu peço à ''sei-lá-quem'', desejo, imploro, para que algo de muito ruim me aconteça . Sei lá, qualquer coisa braba. Um atropelamento por um caminhão ou ônibus em altíssima velocidade, um raio, um tumor, um AVC, qualquer coisa mesmo. Qualquer coisa que me tire a vida, cesse minha medíocre existência (não fui dramático aqui, juro.). Agora com a moto, enquanto acelero da casa para o trabalho e do trabalho para casa, fico feliz com a ideia de que de repente, por foças do Acaso, posso ''PÁ!'' Bater e morrer. O momento em que mais cheguei perto de ter esse desejo ontológico realizado foi há uns dias atrás, quando um homem enorme tentou assaltar-me com uma faca, também enorme, toda enferrujada. Na hora, não fiquei apavorado, não senti medo. Senti aquele calafrio de felicidade absoluta, de ''será que é agora?'' Se o homem tivesse me estocado com a faca, eu não estaria aqui agora, digitando isso. Não estaria existindo. Mas eu, agora, de fato, existo?

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Lawrence Lerlinghetti (poeta e dono da lendária City Lights Bookstore)



Que poderia ela dizer para o ursinho fantástico
Que poderia ela dizer para o irmão
que poderia ela dizer
para o gato de pés futuros
que poderia ela dizer para a mãe
depois daquela vez em que deitou toda tesa
entre as flores bambas
da margem quente de um rio
onde caíam samambaias em leque no ar quebrado
do hálito do seu namorado
e os passarinhos muito doidos
se jogaram das árvores
para provar ainda quente no chão
a semente de esperma arremessada.

quarta-feira, 1 de julho de 2009


Sexo verbal
Não faz meu estilo
Palavras são erros
E os erros são seus...

Não quero lembrar
Que eu erro também
Um dia pretendo
Tentar descobrir
Porque é mais forte
Quem sabe mentir
Não quero lembrar
Que eu minto também...
"Mas, na vida essencial, se nos reconciliássemos de alguma forma, nada mudaria. E a explicação é trivial: perdoar e amar, apesar de tudo, aqui não conta. Na vida comum costuma-se descartar o que há de descartar. Mas, na vida essencial nunca se descarta nada. Não há pecado, não há perdão, não há estados de ânimo, o essencial entra em contato com o essencial. É por isso que saber perdoar e reconciliar constitui uma debilidade, mas uma debilidade necessária à vida comum." (Lukács)

sexta-feira, 19 de junho de 2009

O Fim do Diploma de Jornalismo como exigência para exercer a profissão


La mayoría de los graduados llegan con deficiencias flagrantes, tienen graves problemas de gramática y ortografía, y dificultades para una comprensión reflexiva de textos. Algunos se precian de que pueden leer al revés un documento secreto sobre el escritorio de un ministro, de grabar diálogos casuales sin prevenir al interlocutor, o de usar como noticia una conversación convenida de antemano como confidencial. Lo más grave es que estos atentados éticos obedecen a una noción intrépida del oficio, asumida a conciencia y fundada con orgullo en la sacralización de la primicia a cualquier precio y por encima de todo. No los conmueve el fundamento de que la mejor noticia no es siempre la que se da primero sino muchas veces la que se da mejor. Algunos, conscientes de sus deficiencias, se sienten defraudados por la escuela y no les tiembla la voz para culpar a sus maestros de no haberles inculcado las virtudes que ahora les reclaman, y en especial la curiosidad por la vida.GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ, “El Mejor Oficio del Mundo”, 52ª Asamblea de la Sociedad Interamericana de Prensa (SIP), Los Angeles, 17/10/1996.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Roça'n'roll 2009


Foi lindo lá. Eu que já fui um headbanger não mentirei, cheguei ao local cheio de pré-conceitos. Quebraram-se todos. Não houve nenhuma briga, nenhuma confusão no local, ninguém abusando no uso de drogas. Umas 3.000 pessoas em paz, apenas curtindo música por mais de 10 horas ininterruptas. O lugar fica numa serra ao lado de um rio, sem mais nada por perto. À noite, naquele frio intenso, todo mundo se enrolou em cobertores, mantas. Alguns sentaram-se e assistiram os shows assim. Casais se abraçavam para se esquentar, enquanto as bandas tocavam. Barracas com chocolate quente, pizzas, cognac. Luzes estroboscópicas vindas dos palcos, luzes amarelas vindas das barracas e dos postes.Foi bonito mesmo. Foi como uma centelha do Woodstock.
Acho tão belos animais como o pinguim Imperador ou o Lovebird, que têm a mesma parceira por toda a vida...

Acabei de ler um artigo do Dr. Drauzio Varela, dizendo que pesquisas de uma universidade americana mostram que a monogamia é fruto de certos agentes químicos que atuam em nosso cérebro. Concluí que meu cérebro transborda desses tais ''agentes químicos''. Me vejo com a mesma pessoa daqui 50 anos. Não sou capaz de trair, de sacanear. De MENTIR. Não quero outra pessoa. Quero só uma pra vida toda. Tenho vontade casar logo, ficar junto o tempo todo. Como esses poucos animais monogâmicos, raros. Mesmo que a vontade de ter uma só pessoa, da monogamia, não seja algo que venha do amor, do sentimento, mas algo fisiológico, parece muito difícil duas pessoas terem esses mesmos agentes em suas cacholas, trabalhando. Incertezas, desconfianças, ciúmes, enfim, cansar da pessoa, ter vontade de conhecer outras pessoas, ter outros relacionamentos, desistir do atual. Isso é coisa de homo sapiens sapiens. Animais monogâmicos não pensam nisso nunca.
Cada vez mais vejo que o amor, o afeto por uma pessoa especial, encontra-se somente no mundo da linguagem, do discurso, como tudo nessa vida.

terça-feira, 2 de junho de 2009

02 de Junho

Li essa semana ''O Amante'', auto-biografia da Marguerite Duras, que vai de sua infância na Indochina até sua adolescência em Paris. Conta sua história com um milionário chinês, que ela conheceu quando tinha 15 anos de idade.Um livro intenso, sincero, e com um final bonito e triste, quase que um ''the end'' de filme.



Marguerite Duras, parabéns pelo seu dia.
(Yeah, porque ser irônico is cool!)

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Duas notas sobre o mesmo assunto

- Sobre Pushing Daisies: o casal se ama, é todo afetuoso, carinhoso. Mas eles não podem se tocar, literalmente.Senão ela morre. Enfim, não entrarei em detalhes (detalhes aqui)

- Sobre os atores e atrizes do mundo pornô: raras exceções, em comparação com todo o mundo ''não-pornô'', os atores e atrizes pornôs são os que amam de maneira mais bonita e sincera. Pelo óbvio : não têm seu relacionamento baseado em sexo, e ciúmes, e descofiança, e, e, e etc.

Sexo é bom, dá prazer. Mas também é efêmero e não deve ser estandartizado. Dar importância ao sexo, só falar ''de'' e ''sobre'' e ''querer'', isso é amor? Não. Infelizmente muitas pessoas confundem. Isso é só desejo sexual natural, de reprodução. Amor é tudo isso aí que sempre ouvimos falar, que tornou-se até cliché: é carinho, proteção, segurança, é gostar da pessoa como ela é, ser amigo, gentil.Enfim, amar uma pessoa e copular com uma pessoa são coisas completamente diferentes.Não falo dessa vez por mim, falo como creio que tudo é. Eu? Sou só um carinha antiquado que acha que conheceu a garota certa e que vai ficar com ela a vida toda.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

O suicídio é uma solução?

Não, o suicídio ainda é uma hipótese. Quero ter o direito de duvidar do suicídio assim como de todo o restante da realidade. É preciso, por enquanto e até segunda ordem, duvidar atrozmente, não propriamente da existência, que está ao alcance de qualquer um, mas da agitação interior e da profunda sensibilidade das coisas, dos actos, da realidade. Não acredito em coisa alguma à qual eu não esteja ligado pela sensibilidade de um cordão pensante, como que meteórico e ainda assim sinto falta de mais meteoros em acção. A existência construída e sensível de qualquer homem me aflige e decididamente abomino toda realidade. O suicídio nada mais é que a conquista fabulosa e remota dos homens bem-pensantes, mas o estado propriamente dito do suicídio me é incompreensível. O suicídio de um neurasténico não tem qualquer valor de representação, mas sim o estado de espírito de um homem que tiver determinado seu suicídio, suas circunstâncias materiais e o momento do seu desfecho maravilhoso. Desconheço o que sejam as coisas, ignoro todo o estado humano, nada no mundo se volta para mim, dá voltas em mim. Tolero terrivelmente mal a vida. Não existe estado que eu possa atingir. E certamente já morri faz tempo, já me suicidei. Me suicidaram, quero dizer. Mas que achariam de um suicídio anterior, de um suicídio que nos fizesse dar a volta, porém para o outro lado da existência, não para o lado da morte? Só este teria valor para mim. Não sinto apetite da morte, sinto apetite de não ser, de jamais ter caído neste torvelinho de imbecilidades, de abdicações, de renúncias e de encontros obtusos que é o eu de Antonin Artaud, bem mais frágil que ele. O eu deste enfermo errante que de vez em quando vem oferecer sua sombra sobre a qual ele já cuspiu faz muito tempo, este eu capenga, apoiado em muletas, que se arrasta; este eu virtual, impossível e que todavia se encontra na realidade. Ninguém como ele sentiu a fraqueza que é a fraqueza principal, essencial da humanidade. A de ser destruída, de não existir.

Antonin Artaud


quinta-feira, 28 de maio de 2009

sábado, 23 de maio de 2009

Como passo minhas madrugadas de sábado?

A - Em baladas chapando como louco e pegando todas as menininhas.

B - Fumando maconha e ''filosofando'' com meus amigos pseudo-intelectuais.

C - Assistindo um filme de terror dos anos 30 e bebendo café, sozinho, no quarto.


El grande (Literalmente) Boris Karloff


Bela ''Dracula'' Lugosi








Resposta: C - Não dormi. Resolvi tomar café e assistir The Black Cat, de 1934, com Bela Lugosi e Boris Karloff. Tirando o fato de que a história, supostamente baseada no conto do Poe, não tem NADA a ver, é um filme e tanto. Porque ver dois monstros de filmes clássicos de horror tretando é sempre bom.

Sábado, 23 de Maio de 2009

Acordei às 11:30. Almocei, vi um filme com Gene Wilder e Richard Prior. Apesar de adorar essa dupla, em especial o Wilder, não dei sequer uma risada durante todo o filme. Li umas páginas de Através do Espelho, do Jostein Gaarder, e uns capítulos da última HQ do Superman que comprei, dedicada às aventuras do homem de Crypton com seus colegas jornalistas do Planeta Diário.
Um colega passou rapidamente, disse que voltaria.Não voltou. Um amigo ligou-me e perguntou se eu estava bem, porque ontem viu que eu ''estava com cara de coveiro''. Fiquei feliz dele ter ligado só pra perguntar isso (alguém se importa? Creio que isso seja Amizade). Como já dito, meu amigo Henrique deu uma passada aqui também. Tivemos uma conversa boa, conversa de velhos conhecidos, de hobbits (e essa é a segunda vez que cito os pequenos aqui nesse blog. Estou desconfiado que há um Hobbit em minha sala de aula, mas isso deixo pra comentar outra hora - eu deixo tudo ''pra outra hora).


Escovei meus dentes, lavei o rosto vagarosamente. Enquanto olhava no novo espelho do banheiro (pois o antigo eu quebrei em querer), vi um sujeito com a barba grande, com um semblante diferente do qual eu vejo todos os dias. ''Hey, tem algo errado com você,cara.'' Voltando para o quarto, meu cachorro, deitado no sofá, levanta a cabeça e lança me seus olhinhos cheios de melancolia. Eu, idem.
Agora não é nem uma da manhã e já vou dormir. Há muito tempo não durmo antes das três ou quatro. Sim, há algo errado comigo.

Passos Cultural

Eis que durante uma agradável visita noturna, eu e o Homem Elefante estávamos procurando por blogueiros de Passos. Encontramos uma pessoa com formação em filosofia (qualquer hora ainda falo sobre a profissionalização da filosofia, algo mais que absurdo, e sobre a diferença entre alguém formado em filosofia e um filósofo, de fato.) que fez um blog sobre a intensa vida cultural de Passos. O blog mostra de maneira perfeita tudo o que acontece por essas bandas. Apreciem clicando AQUI.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Sexta-feira, 22 de Maio de 2009

Acho que eu nunca mencionei isso: maio costumava ser o meu mês da sorte. o mês onde pequenas coisas incríveis e boas aconteciam comigo. Coisas simples.
Eu estava em um Café daqui onde vendem umas coisas naturais, e ganhei, do nada, um pote de coalhada, ''cortesia da casa''. Foi algo bobinho, mas que aconteceu no meu mês da sorte. Acontece que essa foi a única coisa que me aconteceu de boa. Agora não sei de mais nada.
A parte da manhã foi tranquila, como sempre. Cheguei em casa e enquanto almoçava, assisti o piloto da série Pushing Daisies. Achei bonita, a atmosfera lembrou o filme Amélie Poulain, e a série é uma comédia leve com tons de romance. Eu gostei mesmo! Depois de ver, fui feliz comentar com alguém sobre, e algo inesperado (coincidência demais? Não acredito em coincidências...) aconteceu.
Resumindo: estou desde a hora do almoço com um nó na garganta, com a minha cabeça neurótica a mil por hora. Estou triste como há muito tempo não ficava. Apesar de ser ruim por um lado, há também um lado ''bom'': assim entro mais em contato comigo mesmo, conheço-me mais, sinto-me mais. O que escrevo aqui no blog, ou em qualquer outro lugar ou falo com alguém , não são mentiras, eu não sou um personagem, não construí nenhuma máscara. eu me exponho como sou, mesmo que isso seja extremamente patético. Não ligo de saber que muitos leem-me e depois se riem. C'est la vie.
Cheguei em casa há vinte minutos. Ouço Belle and Sebastian. Tenho vontade chorar e ficar pateticamente deitado em minha cama. Mas não farei isso. Vou tomar um banho, terminar um trabalho e ir à faculdade.
Tolkien escreveu na introdução ao Senhor dos Anéis que você pode conhecer um hobbit por cem anos e , mesmo assim, um dia ele ainda pode te surpreender. Estendo esse pensamento às pessoas também.
Queria falar sobre o meu conceito de amor. E de relacionamento. Mas não vou. Não tenho cabeça, ou como diriam alguns engraçadinhos...não tenho condições psicológicas pra isso no momento.
Uma canção triste começou agora. Meu peito está apertado. E minha mente ahhhhhhhhhh!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

PROCURA-SE ESTE MOLETON





''Um homem só conhece a mais profunda tristeza quando perde seu moleton'' - Sartre.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Sexta-Feira, 15 de Maio de 2009

Acordei atrasado como sempre. Na minha cabeça, lembranças de algumas horas atrás: cachaça+ cerveja + cognac + vodka encotrada na sarjeta+ cerveja ganha de um estranho+ '' bala chiclete cigarro black''. Dou um sorriso amarelo.
A manhã de trabalho passou rápido. Não fui pra casa almoçar. Tomei um capuccino, li minha nova Hq do Batman (o que será que o carequinha de saia nos reserva em Batman RIP? Só em Julho mesmo pra saber...). Fui renovar minha ficha de livros na biblioteca municipal. Disseram que eu não poderia mais locar nenhum, porque há mais de um ano peguei ''A Insustentável leveza do Ser'' e não devolvi. Isso é mentira! Ou não...
Nesse momento em que escrevo estou sentado em frente o prédio da ''Casa de Cultura de Passos''. O tempo está cinza. Uma mulher para e pergunta onde comprei minha calça.''Eu mandei fazer''. Volto a escrever e ela, sem graça, vai embora. Um homem cheirando a cerveja entrega-me um panfleto de uma pizzaria nova. Têm pizzas veg. lá. Legal. Estou com azia. Queria poder dizer que é uma náusea, A Náusea, resultado psicossomático de uma crise existencial. Mas não, sei que é apenas a minha gastrite.
Quero A Náusea, A Angústia. Algo forte me que faça sentir existente. Mas, no momento eu não consigo sentir nada. Nada. Nada.

Quinta - Feira, 14 de Maio de 2009

É feriado. aniversário da cidade. 151 anos. Acordei às duas da tarde. Chequei minha novas mensagens no computador.Almocei e deitei novamente. Meu tão esperado Pink Moon chegou. Eu havia pensado: nesse fim-de-semana ouvirei Pink Moon ou ao lado de alguém que gosto, sentindo-me confortável, ou sozinho, sentindo-me triste(Poderia colocar ''angustiado'' aqui, mas seria um erro e tanto).
Como sempre, passei o dia em frente o computador. Descobri mais blogs interessantes, ''baixei'' toneladas de álbuns em mp3 (eis uma confissão, um atestado de culpa, já que agora é crime fazer qualquer tipo de download ilegal. Na verdade é o que estão chamando de AI-5 digital.E eu sou um fora-da-lei!).
Dormi ouvindo Death cab. Acordei, abri o famigerado msn. Depois de 2 minutos de uma não-conversa, voltei para a cama. Um amigo visitou-me, comprei-lhe alguns álbuns (dois Meat Puppets, um Smashing Pumpkins e um Guided By Voices).
Começou a chover. Fiz um lanche. Tomei banho. Lentamente coloquei o cd na ''victrola''. Acordes melancólicos de violão começaram. Instantes depois a voz do homem cantou, misturando-se com o som da chuva : Saw it written and I saw it say...pink moon is on it's way...
Foi um dia triste.

domingo, 10 de maio de 2009

''Eu não tenho valores.''


''Comigo é só niilismo, cinismo, sarcasmo e orgasmo. E olha que eu poderia ganhar um cargo público na frança com esse slogan.''

- Deconstructing harry.

Uma nuvem rosa está chegando...


Teho os dois primeiros álbuns do inglês Nick Drake há alguns anos. O terceiro e último (e mais intenso, dizem), Pink Moon, eu nunca ouvi. Nem uma só canção. Quando Nick fez esse álbum, já estava bastante debilitado por causa da depressão. Não conversava com quase ninguém. Teve dificuldades até mesmo ao gravar as canções. Era muito tímido e introspectivo também. Quando terminou as gravações do álbum, nos estúdios da Island, apenas pegou as fitas master e deixou no balcão da gravadora, e em silêncio, saiu.

Eu não sinto nenhuma emoção sobre nada.
Eu não quero rir nem chorar.
Estou dormente; morto por dentro.

Comprei meu Pink Moon, finalmente, e pelas minhas contas chega pelo correio nessa quinta-feira. Eu que já não sou um carinha lá muito feliz, irei mergulhar em toda a melancolia bonita de Nick Drake.Certa vez, pouco antes de sua morte, disse à mãe :'' eu falhei em tudo que tentei fazer''. Nick queria ser reconhecido pelo seu trabalho e ter ficado no ostracismo contribuiu para o agravamento de sua doença. Quarenta anos depois do lançamento de seu primeiro álbum, ele é reconhecido mundialmente, e seus trabalhos estão em todas as listas de melhores álbuns já feitos. Há admiradores por toda parte, alguns famosos, como Brad Pitt, Heath Ledger, Elton John, Norah Johnes.
Now, ''we are everywhere''.



p.s.: indico a leitura da biografia do músico na wikipedia. Está muito bem feita. nem me dei ao trabalho de falar muito dele aqui porque o básico está lá.

p.p.s: No ''melhor blog de música do país'' tem a discografia dele pra download.

terça-feira, 5 de maio de 2009

(uma quase) Carta a meus pais


O fato de não gostar de vocês faz de mim uma má pessoa? Essa questão me atormenta às vezes.

Vocês vivem em inércia. Só comem e dormem e trabalham e comem e dormem e trabalham e não pensam e nem fazem mais nada.

Moro numa pequena casa que precisa de ''N'' reparos e acabamentos. Está feia, como que abandonada. Quando falo com vocês à respeito disso, sempre ouço as mesmas respostas. Um diz que ''no futuro, se deus quiser, tudo vai melhorar''. O outro só berra e joga coisas na minha cara (''eu já te sustento e você vem me chamar a atenção!'', ''tem mais é que se contentar (com o nada) que tem''), e os dois sempre dizem também: ''se não gosta daqui, junte suas malas e tome o seu rumo''.

Sinto-me mal no lugar onde vivo e não tenho pra onde ir. É sufocante.

Sou uma má pessoa por querer mudar para o lugar para o lugar mais distante possível de onde nasci? Por desejar não voltar nunca mais? Por não ver a hora de romper todos os laços com a vocês para sempre?

Penso em construir um lar; um lugar confortável onde eu possa ler meus livros, ver meus filmes e ouvir minhas canções em paz, onde possa receber amigos. Depois que me tornei adulto, a casa onde moro deixou de ser o meu lar. Passou a ser apenas um lugar onde posso deixar minhas coisas.

Penso em morar com alguém que faça-me sentir confortável e que faça-me sentir em casa de novo. Afinal,esse novo conceito de lar que tenho que criar não é só um ''lugar'' novo.

Penso muito, penso demais. Penso até quando (se) terei filhos. Quero dar toda a proteção, carinho, conforto e conhecimento que vocês nunca me deram. Só tem uma coisa pela qual agradeço-os profundamente. Pelo mal exemplo em tudo. Obrigado mesmo. Nunca serei como vocês. Não os amo.


Lucil Jr.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Nota

O conceito de blog surgiu como um espaço pessoal virtual,um diário virtual. Com o tempo e a sua popularização, esse conceito mudou e agora blog é um espaço para escrever sobre qualquer coisa. É notável a quantidade de blogs de poemas, música, fofoca, filosofia, cinema, idiotice pesudo-intelectual e muitas outras coisas, alguns pra lá de bizarros.

Resolvi fragmentar o que escrevo em dois blogs. Aqui no Tarde cinza escrevei sobre assuntos estritamente pessoais, será meu ''querido diário''. Conterá, como de costume em blogs assim, reclamações, desabafos, Poemas (de escritores de verdade, não meus...) e otras cositas mas...
E no outro blog colocarei principalmente notas de leitura. Mas vez ou outra me arriscarei em determinadas análises, complexas, extensas e chatas demais pra serem postadas aqui. Postarei-as num lugar diferente.

Quanto aos comentários, acho que ninguém visita isso aqui com frequência, mas é bom avisar:
''Sobre o que não se pode falar, deve-se calar''

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Incondicional não existe

Parafraseando meu querido Greg House md.: Tudo é condicional. Se não o achas, é só porque a condição ainda não está clara, ainda não apareceu como significação do fim.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Suposição

Suposição é uma coisa que não é mas a gente finge que é só pra ver como seria se ela realmente fosse.

domingo, 5 de abril de 2009

Catalepsia Projetiva


Acordo, abro os olhos. Ouço o som do ambiente, vejo tudo ao meu redor.Mas não consigo mover um músculo do meu corpo. Nem um movimento sequer. Fico cataléptico. Não sei dizer ao certo quanto tempo isso dura; deve ser apenas alguns segundos. Mas a sensação é horrível. Tento gritar, chamar alguém, mas não consigo. Quando tento me mover, em minha cabeça começa um zumbido forte e crescente, como de um gerador de energia prestes a explodir. Normalmente esse estado só passa depois que me acalmo, me acostumo. Tenho isso desde criança, mas não mentirei: ainda me causa um pouco de medo. Medo de não conseguir me mover nunca mais.

Muitas pessoas pensam nisso como alguma baboseira espiritual, viagem astral e blah blah blah. Mas não é nada disso. É algo conhecido como Catalepsia Projetiva. Quando sonhamos, para que nosso corpo não faça os movimentos que sonhamos estar fazendo, nosso cérebo corta certas ligações com o nosso corpo,causando o que é conhecido como a paralisia do sono. Isso é comum à todos. O que acontece na Catalepsia Projetiva, é isso: o cérebro ''acorda'' antes do esperado do sonho para a realidade, então, até que as ligações entre o cérebro e o corpo sejam reestabelecidas, acontece esse momento ''standby''. Eu eu adquiro consciência do meu sonho. Pode ser desesperador, fantasmagórico. Mas me acostumei a isso. E sonhar acordado pode ser deveras vantajoso também...

Juizo Final

O sol há de brilhar mais uma vez;
A luz há de chegar aos corações;
Do mal...será queimada a semente;
E o amor...será eterno novamente.

sábado, 4 de abril de 2009

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Indignação


http://album-base.blogspot.com/

Eis que entro mais uma vez nesse blog mexicano, um dos melhores blogs que eu acompanho, e me deparo com essa mensagem de que ele foi fechado pela justiça mexicana. Há uma temporada de caça às bruxas,devido à digitalização de músicas e a consequente perda crescente de lucros obtidos com vendas de cds pelas gravadoras Major . Então todos os blogs de download estão sendo apagados, como se isso fosse resolver o problema de download gratuito e ''ilegal'' na internet. No orkut, a comunidade Discografias, uma das maiores do site, também foi fechada pela justiça.

Felizmente alguns músicos são à favor de baixar músicas na internet: http://www.newstin.com.br/rel/br/pt-010-000887265

Acontece que músicos, bandas, ganham dinheiro fazendo shows, e não vendendo cds. E quem baixa cd na internet de forma ''ilegal'', é porque gosta do músico e com certeza irá em seus shows.
Então, qual o problema?
É a porra do capitalismo...

Ter ou não ter namorado?

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é fácil. Mas namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida; ou bandoleira basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição. Quem não tem namorado é quem não tem amor é quem não sabe o gosto de namorar. Há quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes; mesmo assim pode não ter nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto de chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar. Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário. Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira - d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro. Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada, ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo. Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria. Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. ENLOU-CRESÇA!




Artur Da Távola


Texto enviado a mim pela minha...namorada ^^

sexta-feira, 27 de março de 2009

'' Para uma pessoa que não admite conceitos, tudo soa falso,prepotente e ameaçador, a não ser aquilo que faz parte de seus próprios preconceitos.''

domingo, 22 de março de 2009

O INSIGNIFICANTE

"O que há de mais atrativo que o azul, a não ser uma nuvem, na dócil claridade?
Por isso prefiro ao silêncio uma teoria qualquer e, mais ainda, a uma página branca um escrito quando passa por insignificante.
É todo meu exercício e meu suspiro higiênico."

Ponge.

quinta-feira, 19 de março de 2009

A flor e o espinho


Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu só errei quando juntei minh'alma à sua
O sol não pode viver perto da lua
É no espelho que eu vejo a minha mágoa
É minha dor e os meus olhos rasos d'água
Eu na tua vida já fui uma flor
Hoje sou espinho em seu amor
...

quarta-feira, 18 de março de 2009


What sphinx of cement and aluminum bashed open their skulls and ate up
their brains and imagination?

terça-feira, 17 de março de 2009


Estou cursando o segundo ano de Comunicação Social. Nesse período tive professores razoáveis, uns poucos muito bons e alguns medíocres. Pretendo aqui fazer uma micro reflexão de fim de noite sobre um aspecto pertinente a todos mestres: sua atitude na relação aluno x professor.
Baseio-me na minha experiência como aluno, não só de uma instituição de ensino superior, mas desde meu primeiro ano de escola primária.
Há professores que deixam claro a dicotomia professor ensina x aluno aprende. Não há um mínimo de dinâmica, de interação. Esse é o modelo encontrado nas escolas de ensino fundamental e médio.

Na faculdade é diferente: aí sim surge a dinâmica, o debate. Aprendemos a importância de saber conceitos, tecer idéias. O professor universitário abre espaço: ouve seus alunos, sana suas dúvidas. Mesmo quando a maioria dos alunos está aquém do esperado pelo mestre, esse supostamente deve ser paciente, se preciso for, ''desenhar'' para os alunos, esses que são leigos, crianças rescém saídas do mundo do senso-comum, do mundo das aparências. Raríssimas excessões, um aluno não chega à faculdade com Marx, Descartes, Adorno ou Peirce na bagagem. Chega cru, nu, tabula rasa. Os professores, através de muita paciência, compreensão, boa vontade e certa dose de modéstia, têm como objetivo mostrar o universo acadêmico ao estudante, situá-lo, eniná-lo a e forçá-lo a pensar. Tive professores realmente bons, exatamente assim. Filosofia, Sociologia, Teoria da Comunicação, Antropologia, Sociologia da Comunicação, Realidade Regional. Aulas que mudaram minha maneira de ver muita coisa, mudaram meu mundo cognitivo. Serei sempre grato a esses que devem merecidamente ser chamados de mestres.
Há também o professor medíocre, aquele que dá uma aula sem substância, sem vontade mesmo, algo xoxo e triste de se ver. Não tem pragmatismo, dinâmica e nem vergonha na cara.

E há o outro, que nem merece ser chamado de professor. É aquele ''gênio'', aquela pessoa grandiosa, perfeccionista, egocêntrica, que tem sempre a razão, que não se abre para ser questionado, não propõe debates, que crê com todas as forças de sua mente que a sua diciplina é superior a todas as outras e o mundo todo, em todos seus mínimos aspectos, gira em torno dela. É o sujeito que se gaba dos seus feitos, de seu repertório intelectualíssimo, e deixa claro, bem claro, que é mais inteligente que todos seus alunos. Que em sua cabeça a relação ''professor x aluno'' na verdade deveria ser ''Deus x aluno''. De sua torre de marfim, esse sujeito contempla o mundo e tem todas as respostas para todas as perguntas. E ai de quem duvidar dele.

Finalizando...encontro-me numa situação assim com um de meus professores. Que atitude tomar, qual ação deve ser posta em prática? Dizem-me alguns para apenas fingir concordar com tudo o que é dito pelo tal, jogar o jogo dele, sair bem nos testes e esperar tudo isso passar. Dizem para que eu não discuta, não argumente, apenas ouça durante um dia por semana quase três horas de ensinamentos desaforados, calcados em pura falta de modéstia e masturbação intelectual. Mas não sou assim. Mesmo que acabe comprando uma verdadeira ''briga'' com tal sujeito de traços psicopáticos, estou disposto a dizer sempre o que penso, o que duvido sobre tudo o que é me dito. Afinal, não sou uma esponja, não há verdade absoluta, e o mundo não é apenas um amontoado de signos e significações. Pode acreditar, é muito, muito mais que isso.

domingo, 8 de março de 2009

Penso se devo falar sobre mim nesse blog novamente, falar do que sinto, como sou. Me expor completamente, muitas vezes, ao ridículo, ao patético. Vou pensar mais um pouco antes de escrever algo assim...

Enquanto isso, dormirei hoje ouvindo o novo álbum do The Boy Least Likely. Som fofo, inocente, alegre. E acordarei bem cedo para trabalhar. A brisa da manhã, o cheiro, o sol suave, me fazem tão bem...enquanto vou para o trabalho, sinto-me leve. Todas minhas dúvidas, questões, probleminhas somem e fico feliz. Toda manhã é assim.Ah, estou realmente com sono, melhor parar de divagar. Parei.

O estranho caso do garoto sozinho no cinema.

Fui ver O Estranho caso de Benjamin Button. O Filme acabou era quase meia noite desse domingo, o banheiro do cinema estava fechado, vim a pé pra casa e minha bexiga quase explodiu no caminho.
Ah, como é gostoso ir sozinho ao cinema, sentar, parafraseando Godard, em algum lugar no meio, entre a primeira e a quarta fileira, e se entegar ao filme.
Assitir a filmes feitos em película é bom demais, nostálgico, ahhh,adoro!

Bem, estou com sono, então serei direto quanto ao filme em questão: nem o fato de ser vagamente baseado em um conto de F. Scott Fitzgerald e nem o fato de a adaptação ter sido feita pelo mesmo cara que fez a de Forrest Gump, salvam o filme. É um drama que não emociona, é previsível, não nos dá nenhuma atração susrpresa, nenhum momento sublime. É bem ''tela-quente'' esse filme. Lá se foram 8,00. Não arrependo porque ir ao cinema sozinho é sempre uma experiência interessante, mesmo quando o filme é...ruim.

sábado, 7 de março de 2009

Vou sempre que posso à fazenda de um amigo, que fica há uns 15 minutos de onde moro, bem no alto de uma serra. Grama verdinha, árvores com bastante sombra, longe de tudo e todos. Da penultima vez que estive lá, vi uma cabra tendo filhotes.Fiquei um tempão assistindo a cena. Hoje fui até lá de novo. O tempo estava nublado. Dei umas voltas, olhei os animais. Dei espigas de milho na boca de uma vaca. As vacas tem o olhar mais triste do mundo. Um misto de incocência e medo. Como se já soubessem o seu futuro: a morte. Eu amo esses animais. Vocês os comem.
Quanto mais o homem simplifica a sua alimentação e se afasta do regime carnívoro, mais sábia é a sua mente.
(George Bernard Shaw)

É somente pelo amaciamento e disfarce da carne morta através do preparo culinário, que ela é tornada suscetível de mastigação ou digestão e que a visão de seus sucos sangrentos e horror puro não criam um desgosto e abominação intoleráveis."- Percy Bysshe Shelley

"No momento, nosso mundo de humanos é baseado no sofrimento e na destruição de milhões de não-humanos. Aperceber-se disso e fazer algo para mudar essa situação por meios pessoais e públicos, requer uma mudança de percepção, equivalente a uma conversão religiosa. Nada poderá jamais ser visto da mesma maneira, pois uma vez reconhecido o terror e a dor de outras espécies, você irá, a menos que resista à conversão, ter consciência das permutações de sofrimento interminável, em que se apóia a nossa sociedade." --Arthur Conan Doyle

Eu não como carne porque vi carneiros e porcos sendo mortos. Eu vi e senti a dor desses animais. Eles sentem a aproximação da morte. Eu não pude suportar a cena. Chorei como uma criança. Corri para o topo da colina e mal conseguia respirar...senti-me sufocado...senti a morte do carneiro." - Vaslav Nijinsky

"A compaixão pelos animais está íntimamente ligada a bondade de carácter, e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem." - Arthur Schopenhauer

Por que é que o sofrimento dos animais me comove tanto? Porque fazem parte da mesma comunidade a que pertenço, da mesma forma que meus próprios semelhantes." - émile Zola

quinta-feira, 5 de março de 2009

Muito Além do Jardim

Continuando a escrever à ninguém sobre os filmes que vi...

Nesse último fim de semana foram três: uma comédia ''pastelão'' que nem merece ser citada, ''The Quiet Family'', de Kim Ji-woon, muito bem feito e, claro, bem humorado, onde uma ação desencadeia várias outras e tudo acontece como uma bolinha de neve que vai aumentando seu tamanho ao descer uma ladeira. A história: uma família tem uma pousada no meio do nada, e cada visitante dessa pousada acaba, de um jeito ou de outro, morrendo. Lembrou- me demais um filme do Hitch que vi há anos, em VHS ainda: Trouble With Harry. Tem essa mesma mistura louca de comédia e suspense. Mas sem nada demais, apenas...legal.

E o último foi '' Being There'', filme de de 1979 que saiu no Brasil como ''Muito Além do Jardim'', com Peter Sellers como ator principal.
(''Um Convidado Bem Trapalhão'' causou-me um severo trauma. Explico: Lia em todos os lugares elogios sobre esse filme. ''Um clássico'', ''um dos filmes mais engraçados já feitos'', entre outras coisas parecidas. Fui atrás do tal, assisti e achei horrível. Foram quase duas horas de filme e nenhuma risada sequer. Em uma palavra: xarope. E Peter Sellers tornou-se meu exemplo mor de pior ator. Por isso já comecei a assistir Being There com um pé atrás.)Conheci o filme lendo alguns artigos sobre a Sindrome de Asperger, onde vez ou outra era citado como um razoável exemplo para compreender alguns aspectos desse transtorno.
A história é singela: um jardineiro que morava com seu velho empregador e nunca sequer saiu de casa. Todo o contato que tem com o mundo é através da tv, que adora. Logo no início é notável uma caracteristica interessante: ele não consegue se concentrar em nada. Muda o canal de segundos em segundos. Apesar de aparentar ter mais de 50 anos, seu comportamento é como o de uma criança de 5. Não consegue processar as emoções de um modo normal, não sabe ler e as únicas pessoas que conhece são o empregador, a quem chama de ''o velho'' e a outra empregada da casa. Após a morte do ''velho'', ele é posto na rua por advogados, sem rumo, sem um lar.

Devido à uma série de acontecimentos acaba sendo acolhido por uma família de milionários, torna-se político, chega até a conhecer o Presidente dos EUA e aparece na tv em um programa de grande audiência. O engraçado do filme é que ninguém reconhece o disturbio do personagem. Ao contrário, todos gostam muito dele por sua pureza, sutileza e inocência. E o fim do filme... surreal e de um significado simbólico incrível.
Pra quem gosta de comparações, a melhor seria com Forrest Gump.
É uma película leve, com uma narrativa bem cadênciada, como o raciocínio do protagonista. É engraçado, mas pra mim não se enquadra em uma comédia. Se enquadra naquela categoria pessoal que possuo, de filmes mágicos e belos. Simples assim.

terça-feira, 3 de março de 2009

Pensamentos Avulsos


Nada de pensamentos complicados, filosóficos, existenciais.
Apenas ouço Beck, às 8 da manhã.

O sol está bonito hoje, parece até aquele sol de inverno que tanto gosto.
Tenho saudade do frio.
Respiro fundo.
Sinto-me bem, confortável.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Lá Nausée


A negra canta. Pode-se então justificar a nossa existência? Um pouquinho, muito pouco? Sinto-me extraordinariamente intimidado. Não é que tenha muita esperança. Sou como uma pessoa completamente gelada, depois duma longa viagem na neve, que entrasse de chofre num quarto aquecido. Essa pessoa ficaria imóvel ao pé da porta, ainda fria, e lentos arrepios lhe percorreriam todo o corpo. Não poderia eu tentar...É claro que não se trataria de compor uma música... mas não poderia um gênero diferente?

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009


É uma droga ser patético. Ruim mesmo. Magoar-se fácil, por exemplo. Não queria ser assim...basta certa palavra, gesto ou ação de alguém para que eu me chateie,fique pra baixo, distante, e mostre claramente isso. Mas aprendi a não ser tão patético. Quando isso acontece agora eu me torno irônico e sarcástico. É o único jeito que achei de melhorar isso, pelo menos externamente. Por dentro, eu continuo com aquela cara de garotinho que não foi chamado pra brincar e ficou alí sozinho, no canto, excluído.Patético.

''e o que é a realidade senão um montão de fantasias?
e me disseram : veja a realidade, largue a fantasia, o colorido louco, essa volta ao primitivo que se encosta ao infantil, e eu respondi:
eu não posso, eu sou tudo isto. e vocês não acreditam que eu choro?
maldito e querido romantismo! romantismo louco porque está vivendo numa época louca! romantismo desesperado mas romantismo!
que fazer?
eu te amo.''

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Uncle Vernon, Uncle Vernon!

Esses dias estou meio Tom waits, em todos os sentidos. Então, por favor, não levem nada a sério.

Oh, how we danced and we swallowed the night
For it was all ripe for dreaming
Oh, how we danced away all of the lights
We've always been out of our minds

''Morreu com uma porrada na cabeça''.

Em frente o prédio onde trabalho há um edifício antigo. Em torno dele, várias barras de concreto de mais ou menos 2 metros ficam suspensas na diagonal. Creio que o ''gênio'' do arquiteto fez isso para dar um estilo ao troço. Mas acontece que agora, uns 70 anos após terem sido construidas, essas barras estão se soltando e se espatifando no passeio da rua mais movimentada da cidade. A defesa civil isolou a área, cercou e colocou placas iguaizinhas a essa aí em cima. Disseram-me que semana passada uma dessas barras de concreto quase matou uma pessoa, ao se soltar e cair. Foi por pouco.
E eu sou obrigado a passar perto desse prédio todo dia, toda hora. Não sei por que mas, toda vez qua ando por perto, fico imaginando uma barra se despregando de lá de cima e caindo silenciosamente bem em cima da minha cabeça. Pá! E nas manchetes: ''Morreu com uma porrada na cabeça''.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

''Nuit Et Brouillard'' e ''Cria Cuervos''

Nesse último domingo choveu o tempo todo. Eu que já não saio quase nunca, fiquei em casa assistindo filmes. Foram três: Short Cuts, que já falei aqui, Noite e Neblina, curta de Alain Resnais sobre os campos de concentração, ótimo, onde já é notavel todo o lirismo típico do autor, e suas tomadas demoradas, mostrando os campos nos tempos de hoje, desertos, em longos travellings. Todas as características tão peculiares desse cineasta expodiram e atingiram a perfeição em Hiroshima Mon'Amour.
E vi também Cria Cuervos, filme espanhol da década de 70, escrito e dirigido por Carlos Saura. Conta a história de três irmãs que, pouco tempo após perderem a mãe, perdem o pai e ficam aos cuidados da empregada e da tia. A história é focada em Ana, a que tinha maior ligação com a mãe (Geraldine Chaplin - sempre a achei bonita!). Mesmo depois de morta, a menina ainda a vê pela casa, através de recordações. Conversa com ela, relembra de cenas inteiras que aconteceram e ficaram marcadas, tiveram importância. Ela vê também, sem compreender muito bem, devido á sua inocência, cenas de traição, brigas. O que mais me chamou a atenção é o olhar sempre triste dessa garotinha, sempre distante.
É um filme sobre a doçura inocente e mágica das crianças, e sobre quando começamos a perder essa inocência. É um lindo filme, impossível não se sentir leve após assisti-lo. Leve e nostálgico. Eu sou desse grupo de pessoas que acha que a melhor época da vida é a infãncia. Pois é...saudade.
Essa parte resume bem todo o clima do filme. Quando a tia das garotas sai de casa por algumas horas, elas ficam brincando e, em certa hora, colocam uma música numa vitrola e dançam. É algo simples, porém me passa uma sensação tão boa! Vejo sempre esse video com um sorriso sincero no rosto.

Short Cuts

Descobri que gosto de escrever mesmo é no período da manhã, mais ou menos uma hora e meia depois de acordar.
Ontem assisti Short Cuts, de Robert Altman. Mais de 3 horas de filme quebra-cabeça, com um elenco perfeito (Tom Waits, Julianne Moore, Jack Lemmon, Robert Downey Jr.). As cenas são recortes, várias situações sem ligação ou conteúdo significativo aparente mas que, a partir da hora qeu vão se somando, transformam a trama em algo genial. E preciso dizer: a montagem é algo absurdo de tão perfeita, inteligente. E somente alguém como Altman pra levar à grande tela os escritos de Raymond Carver. Lí Short Cuts há uns 5 anos e fiquei impressionado, e desde então tenho procurado pelo filme. Só consegui assiti-lo agora. Tanta procura, sem dúvida alguma, valeu a pena. Essa noite até sonhei com o filme.Suas cenas ficaram se repetindo em minha cabeça, principalmente aquela famosa com a Julianne Moore (brincadeira!).
Não vou fazer nenhuma análise longa e chata aqui. Esse é um daqueles ''leia o livro e veja o filme'', não se arrependerá se fizer isso. Se alguém me perguntasse sobre o que é o filme, eu diria : é um filme sobre pessoas.

sábado, 24 de janeiro de 2009

O Homem Elefante veio aqui em casa e fomos andar pela cidade. Depois de conversar com umas pessoas pelo caminho, resolvemos comer spaghetti numa casa especializada em massas. No meio do trajeto, uma tempestade caiu. Encontramos um lugar protegido pra ficar, liguei meu celular e botei uns folk songs e ficamos assim por mais ou menos uns 40 minutos, conversando, com a música e a chuva como companhia. Chegamos um tanto molhados na casa de massas. Não havia ninguém. Quando entramos e pedimos nosso prato, a mocinha do caixa fez uma cara azeda e resmungou algo. Com certeza ela queria ir embora, já estavam quase fechando, e nós aparecemos.Legal. Comi sem pressa, e não deixei um vestígio em meu prato, até porque pelo preço cobrado, era questão de honra comer tudo.Mui caro. Voltamos conversando.As ruas, molhadas e silenciosas. Cá estou agora, ouvindo Cocoanut Groove, com muito sono. Hoje foi uma noite simples, com conversa agradável, do jeito que eu gosto. E é isso. Queria escrever mais, mas o sono é maior.
Zzzz...

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

É cedo. Lá fora, tudo nublado. Aqui dentro, giro em minha cadeira, ouvindo Elizabeth Cotten, com um pouquinho de sono.
Ano passado, nesse mesmo mês, eu estava tão perdido...as piores horas eram as que eu passava em casa.Pensava em tudo, ficava um tanto triste, ouvia umas canções melancolicas e então dormia.
Enfim...um ano se passou.
Entrei na faculdade de jornalismo, estou namorando. E estou pensando em voltar a escrever aqui com certa frequencia de novo.
Vou alí, tomar o capuccino de sempre, no Café de sempre. Anotar umas coisas num pedacinho de papel e depois, talvez, passá-las pra cá.
Até.