sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Garden State


Sabe aquele momento da sua vida em que você percebe que a casa em que cresceu não é mais o seu lar?
De repente, apesar de ter um lugar pra ficar , aquela idéia de lar não existe mais.
Ainda me sinto bem em casa...

Quando se mudar, verá que um dia
isso já não existe mais.
Você se sente como se
não pudesse mais recuperar.
É como se sentisse saudades
de um lugar que nunca existiu.
Talvez isso seja como um
ritual de passagem, sabe?
Não terá esse sentimento de novo
até criar uma nova idéia de casa.
Para os seus filhos.
Para a sua família.
É como um ciclo
ou algo assim.
Não sei. Mas sinto falta
dessa sensação.
Talvez isso seja a família.
Um grupo de pessoas que sentem falta do mesmo lugar imaginário.
Talvez...


quinta-feira, 25 de outubro de 2007

De que sou feito? ''Do mesmo material que são feitos os sonhos''.

Um livro aberto é um cérebro que fala;
Fechado, um amigo que espera;
Esquecido, uma alma que perdoa;
Destruído, um coração que chora.



Capuccino,Darklands e solidão.






Tempo cinza.
Chuva.
Um capuccino sempre a mão e darklands (do the jesus and mary chain ) tocando sem parar.
O gande crítico musical Arthur da Távola disse semana passada em seu programa: ''Música é mais que arte. Música é vida, a música é uma amiga. Quem tem música como companhia nunca está sozinho, nunca sente solidão.'' Eu que o diga...
Só não fico louco(ou triste) porque meus dias (assim como meus sonhos)são cheios de música.
E vou passando o tempo assim, matando o tempo assim, enquanto o amor verdadeiro...espera.





sexta-feira, 21 de setembro de 2007



Eu sei que um dia você terá uma vida maravilhosa
Eu sei que você será uma estrela
No céu de outra pessoa
Mas por que...
Por que ...
Por que não poderia ser no meu?

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Golden Age


Estou desde sexta-feira sem dormir...
Hoje, com o nascer do sol, fiquei pensando nessa coisa de momentos dourados, tempos dourados, 'good old days' e tal. Me agarro na idéia de que os melhores momentos da minha vida ainda não chegaram. Mas na verdade acho que eles já passaram. Ou pelo menos a chance de tê-los. Agora apenas rezo para não passar o resto dos meus dias vivendo uma nostalgia boba de coisas que nunca aconteceram. Estou sem dormir faz tempo, meus olhos ardem, mas ainda assim eu sonho...acordado.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Les temps son durs pur les revêurs



Nino Quincampoix: Mas eu nem a conheço!
Man in photo: Oh, você a conhece.
Nino Quincampoix: Desde quando?
Man in photo: Desde sempre.
Man in photo:Nos seus sonhos.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Poison Heart

I Just want to walk right out of this world
' Cause everybody has a poison heart




quarta-feira, 1 de agosto de 2007

L'eternité



Elle est retrouvée!
Quoi? L' éternité.
C est la mar mêlée
Au soleil
Mon âme éternelle,
Observe ton voeu
Malgré la nuit seule
Et le jour en feu.
Donc tu te dégages
Des humains suffrages,
Des communs élans!
Tu voles selon...
— Jamais l' ésperance.
Pas d' oríetur.
Science et patience,
Le suplice est sur.
Plus de lendemain,
Braises de satin,
Votre ardeur
C' ést le devoir.
Elle est retrouvée!
— Quoi?
— L' éternité.
C' est la mer mêlée Au soleil.

*
Ela foi encontrada!
Quem? A eternidade.
É o mar misturado
Ao sol.
Minha alma imortal,
Cumpre a tua jura
Seja o sol estival
Ou a noite pura.
Pois tu me liberas
Das humanas quimeras,
Dos anseios vãos!
Tu voas então...
— Jamais a esperança.
Sem movimento.
Ciência e paciência,
O suplício é lento.
Que venha a manhã,
Com brasas de satã,
O dever
É vosso ardor.
Ela foi encontrada!
Quem? A eternidade.
É o mar misturado
Ao sol.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

^^ Lucil ^^



Eu e meu amigo, nós não somos amigos mais
não nos falamos faz muito tempo
E se tivessemos que falar, o que poderiamos dizer, sentados lado a lado
Há muito tempo, nós dançavamos e cantavamos
Podiamos ficar juntos sem dizer nada
Há muito tempo, tudo pareceu muito mais que isso
A lagoa parece tão tranquila essa noite
E os cisnes estão todos cantando juntos
Bem, eu sôo sozinha aqui na minha volta para casa
De novo, quando não há ninguém esperando
Há muito tempo, nós dançavamos e cantavamos
E isso significava algo
Há muito tempo, eu e meu amigo...eramos amigos
E agora não nos vemos mais...

Julie Doiron - Me and My Friend

O Uivo


Eu vi os expoentes da minha geração destruídos pela loucura,
morrendo de fome, histéricos, nus,
arrastando-se pelas ruas do bairro negro de madrugada
em busca de uma dose violenta de qualquer coisa
"hipsters" com cabeça de anjo ansiando pelo antigo contato
celestial com o dínamo estrelado da maquinaria da noite,
que pobres, esfarrapados e olheiras fundas, viajaram fumando
sentados na sobrenatural escuridão dos miseráveis apartamentos sem água quente,
flutuando sobre os tetos das cidades contemplando jazz...



sexta-feira, 13 de julho de 2007

BLUES FÚNEBRE



Parem todos os relógios, desliguem o telefone,
Impeçam o cão de latir com um osso enorme,
Silenciem os pianos e ao som abafado dos tambores
Tragam o caixão, deixem as carpideiras carpir suas dores.
Deixem os aviões aos círculos a gemer no céu
Rabiscando no ar a mensagem Ela Morreu,
Ponham laços crepe nas pombas brancas da nação,
Deixem os sinaleiros usar luvas pretas de algodão.
Ela era o meu Norte, meu Sul, meu Este e Oeste,
Minha semana de trabalho, meu Domingo de festa
Meu meio-dia, meia-noite, minha conversa, minha canção;
Pensei que o amor ia durar para sempre: foi ilusão.
As estrelas já não são precisas: levem-nas uma a uma;
Desmantelem o sol e empacotem a lua;
Despejem o oceano e varram a floresta;
Porque agora já nada de bom me resta.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

sábado, 19 de maio de 2007

Sábado.

Fiquei em casa até as nove horas da noite. Ninguém ligou ou apareceu, então saí sem rumo. Passei numa lan house por aí, fiquei uns minutos, então um sentimento que me acompanha já faz um tempo aumentou. Senti aquele calor aconchegante no peito e fiquei meio bobo. Então saí. Me deu uma vontade enorme de comer...churros( ! ). No caminho até o único lugar daqui que conheço que vende churros, fui pensando: ''Será que isso é normal? Sair de casa sem rumo, vagar por aí, só para acabar numa barraquinha de churros?''. Quando cheguei na barraquinha, estava tocando Mutantes (!!!). A música? Balada Do Louco. Coisinhas assim que me fazem acreditar mais e mais no destino. Nada é por acaso.

''Ruas quase escuras iluminadas apenas por olhos grandes e curiosos
Seres rastejantes de sobretudo ou smoking passando apressados
Crianças nuas correndo sem medo de nada pelos cantos mais sombrios
Não há noite ou dia nem frio nem calor nesse mundo cinzento e mudo
Não há dor nem prazer nem preocupações nem amor e nem ódio
E nem Deus.''

sexta-feira, 18 de maio de 2007

E Eu ?


E eu ?
Vou vendo os dias passarem enquanto Moby toca na vitrola e eu me pergunto:
''Why Does My Heart Feel So Bad ?''

sábado, 5 de maio de 2007

Doctor Zhivago Excerpt



Foi uma despedida fria. Enquanto ela se afastava, ele ficou olhando, na esperança de que ela voltasse. Não voltou. Seus olhos se encheram de lágrimas e ele foi para casa. Eles queriam, na verdade, se abraçar forte e dizer tudo o que sentiam, mas por algum motivo esconderam seu sentimentos. Chegou em casa e passou pela sala, onde havia um grande vaso com girassóis. Os girassóis pareciam murchos e algumas folhas caíam, como se as flores estivessem chorando.

sexta-feira, 27 de abril de 2007


Mas porque pensar sobre isso(a morte) quando todas as terras douradas a frente de você e todo o tipo de coisas nunca antes vistas esperam sedentas para surpreendê-lo e fazê-lo feliz que esteja vivo para ver? - Jack Kerouac.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Porão (Plágio, porque se Kerouac pode(Subterraneans) eu também rsrs)

Cena 1
Um quartinho de pensão decadente. Um quartinho pequeno, sem janelas, Talvez no subsolo. Paredes amarelas, descascadas e com manchas de mofo no teto. Uma cama rústica, com um colchão grande e antigo, de molas. No canto, uma pequena estante com um abajour em cima. Um abajour de louça branca, cheio de ranhuras e trincados, com uma luz pálida, amarela e fraca. Na estante, alguns livros: Lorca, Dostoievski, Rimbaud, Joyce e Dickens. Ao lado da estante, num banquinho velho, um gramofone que ainda funcionava. Encostados na parede, enfileirados, alguns LPs: Miles Davis, Robert Johnson, Caetano Veloso, Glenn Miller, Sinatra. No chão escuro e gasto de cimento encerado de vermelho, algumas roupas jogadas e várias folhas escritas à mão, umas amassadas, outras rasgadas. Ao lado da cama uma garrafa de Ballantines pela metade. Pregado precariamente na porta, um poster com dizeres ''liberte egalite fraternite'' em vermelho com um fundo amarelo ameaça cair. Quem habita esse subsolo?

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Aqui vai um pensamento
Para todo homem que tenta entender o que tem em suas mãos
Eu andei por uma terra vazia
Eu conheço o caminho como a palma da minha mão
Quantas pessoas especiais Mudam!
Quantas vidas estão sendo vividas estranhamente!
Onde você estava enquanto eu ficava alto?
Eu estou bem aqui, nunca muito longe
Então acorde, ponha seu vestido
E por essa noite, nós escaparemos da realidade.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

A chuva






You're Growing Up...
And rain sort of remains on the branches of a tree that will someday rule the earth
And that's good that there's rain
Clears the mount of your sorry rainbow expressions
And it clears the street of the silent armies...
So we can dance!
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Você está crescendo
E a chuva parece que fica nos galhos das árvores que um dia dominarão a terra
É bom que exista a chuva
Ela clareia os meses e suas tristes expressões do Arco-Íris.
Limpa as ruas dos exercitos silenciosos...
Para podermos dançar!

domingo, 1 de abril de 2007

Alegoria




Chovia.
Ele entrou no café, tirou o sobretudo e o gorro. A barba estava por fazer. Com uma rápida olhada procurou o canto mais escuro e discreto. Foi lá que se sentou. Pediu um copo duplo de capuccino. Ficou sentindo o aroma por um tempo, antes de levar à boca. Entraram mais dois homens vestidos socialmente. Deviam ser advogados. Conversavam de maneira energética.
Ela entrou no café. Roupa colorida, blusa listrada de lã e um cachecol amarelo. Cumprimentou a todos e sentou-se e pediu um capuccino e uma torta de morango.
Enquant os os dois homens conversavam e os empregados do local faziam suas coisas, ele e ela olhavam a chuva através da vitrine. Seus olhares eram um misto de melancolia e nostalgia. A chuva parou. Ela levantou-se, pagou a conta e se foi. Ele ficou por mais um tempo, depois fez o mesmo.
Eles eram feitos um para o outro. Se tivessem se conhecido, seriam, nessa ordem : amigos, namorados, noivos, casados, morreriam velhos e juntos. E felizes. Mas na verdade nunca se conheceram. Nunca se verão novamente. Viverão uma vida rotineira, sem grandes amores, sem aventuras, sem se conhecerem. A chuva fez a oportunidade. O amor estava lá. mas o destino aprontou uma das suas.

sexta-feira, 30 de março de 2007

Brilho Eterno...


I'm feeling like Joel Barish,
But Without a Clementine.

sexta-feira, 23 de março de 2007

Ai, ai...

Olhem essa cena...
Não dá vontade fazer igual ? Esse filme é muito legal(Escrito Nas estrelas).
Eu aínda vou beijar alguém debaixo de uma tempestade.Verdade!

Noivo Neurótico Noiva Nervosa

Annie Hall. Noivo Neurótico Noiva Nervosa. Filme de Woody Allen.
Se você se acha inteligente, proponho um desafio. Assista esse filme e veja se conhece sobre todos assuntos que eles falam. É uma enxurrada de diálogos intelectuais(típico de Allen). Alguns não gostam nos filmes de Woody. Pra mim, se você não gostou é porque não entendeu nada . Assista!

quinta-feira, 22 de março de 2007

Lo-Fi em tarde cinza

Curtir um lo- fi básico numa tarde nublada, com um copão de chocolate quente numa mão e pão de queijo quentinho na outra.Ah, é pra quem pode né...huahuahua

Curto Ensaio sobre o O blues




Blues: 1-Gíria para melancólico, triste. 2- Estilo musical iniciado em cidades do delta do Mississipi, como Clarksdale(lar de Muddy Waters e John Lee Hooker).


O blues pode ser realmente triste, quando fala do cotidiano ou dos amores perdidos. Ou pode ser extremamente alegre , quando fala de bebedeiras e pactos com o Homem lá de baixo em encruzilhadas. Pode ser elétrico e quase rock'n'roll( Muddy Watters, SRV, Albert King), ou mais acústico e/ou cadenciado - esse eu prefiro ( Robert Johnson, John Lee Hooker, Leadbelly, Son House, Big Bill Broonzy, Sony Boy Williamson).

Ouvir blues quando se está só é bom, confortante. Só você, um copo de vinho (tudo bem, Whiskey é mais apropriado) e o blues. É o maior clima. E já viajei de mais. Chega!(hehehe)




O eu e os outros



''Para os belos tudo é belo, para os porcos tudo é porco'' - F.Nietzche.

Alguém pode me responder essas questões?

É possível ser feliz ou só se pode estar feliz por alguns momentos? A felicidade é momentânea?
Existe somente o amor universal incondicional ou existem almas gêmeas? Existe cura para o tédio?

---Pra mim, a felicidade é momentânea, existe o amor universal e também existem almas gêmeas e a cura para o tédio está ligada a essas duas coisas : A felicidade e o amor.

quarta-feira, 21 de março de 2007

'' Oh, tire-me daqui, estou morrendo, cante uma canção para me libertar''...

quarta-feira, 14 de março de 2007

O Que Será?






O que será, que será?


Que andam suspirando pelas alcovas?


Que andam sussurrando em versos e trovas?


Que andam combinando no bréu das tocas?


Que anda nas cabeças, anda nas bocas?


Que andam acendendo velas nos becos?


Que estão falando alto pelos botecos?


E gritam nos mercados que com certeza


Está na natureza.


Será, que será.


O que não certeza, nem nunca terá?


O que não tem conserto, nem nunca terá?


O que não tem tamanho?


O que será, que será?


Que vive nas idéias desses amantes?


Que cantam os poetas mais delirantes?


Que juram os profetas embriagados?


Que está na romaria dos mutilados?


Que está na fantasia dos infelizes?


Que está no dia a dia das meretrizes?


No plano dos bandidos, dos desvalidos?


Em todos os sentidos.


Será, que será.


O que não tem decência, nem nunca terá?


O que não tem censura, nem nunca terá?


O que não faz sentido?


O que será, que será?


Que todos os avisos não vão evitar?


Por que todos os risos vão desafiar?


Por que todos os sinos irão repicar?


Por que todos os hinos irão consagrar?


E todos os meninos vão desembestar?


E todos os destinos irão se encontrar?


E mesmo o Padre Eterno,Que nunca foi lá,


Olhando aquele infernoVai abençoar


O que não tem governo, nem nunca terá?


O que nao tem vergonha, nem nunca terá.?


O que não tem juízo?