domingo, 1 de abril de 2007

Alegoria




Chovia.
Ele entrou no café, tirou o sobretudo e o gorro. A barba estava por fazer. Com uma rápida olhada procurou o canto mais escuro e discreto. Foi lá que se sentou. Pediu um copo duplo de capuccino. Ficou sentindo o aroma por um tempo, antes de levar à boca. Entraram mais dois homens vestidos socialmente. Deviam ser advogados. Conversavam de maneira energética.
Ela entrou no café. Roupa colorida, blusa listrada de lã e um cachecol amarelo. Cumprimentou a todos e sentou-se e pediu um capuccino e uma torta de morango.
Enquant os os dois homens conversavam e os empregados do local faziam suas coisas, ele e ela olhavam a chuva através da vitrine. Seus olhares eram um misto de melancolia e nostalgia. A chuva parou. Ela levantou-se, pagou a conta e se foi. Ele ficou por mais um tempo, depois fez o mesmo.
Eles eram feitos um para o outro. Se tivessem se conhecido, seriam, nessa ordem : amigos, namorados, noivos, casados, morreriam velhos e juntos. E felizes. Mas na verdade nunca se conheceram. Nunca se verão novamente. Viverão uma vida rotineira, sem grandes amores, sem aventuras, sem se conhecerem. A chuva fez a oportunidade. O amor estava lá. mas o destino aprontou uma das suas.

Um comentário:

mayna disse...

luciiil!
vc qi é MTO melancolico!
shduhshdushd
o Chopin nem me afeta tanto sabe
agora se vc ficar ouvindo
ai siim perigoso
vc acha a tristeza bonita?
eu não :)
bjuuuuz