domingo, 26 de julho de 2009


You are The Hermit


Prudence, Caution, Deliberation.


The Hermit points to all things hidden, such as knowledge and inspiration,hidden enemies. The illumination is from within, and retirement from participation in current events.


The Hermit is a card of introspection, analysis and, well, virginity. You do not desire to socialize; the card indicates, instead, a desire for peace and solitude. You prefer to take the time to think, organize, ruminate, take stock. There may be feelings of frustration and discontent but these feelings eventually lead to enlightenment, illumination, clarity.


The Hermit represents a wise, inspirational person, friend, teacher, therapist. This a person who can shine a light on things that were previously mysterious and confusing.


What Tarot Card are You?
Take the Test to Find Out.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

''...o que te faz continuar ? tem que ter algum motivo, sei lá.''

O que me faz continuar? A curiosidade pelo Acaso.E nada mais.

“Quando se vive, nada acontece. Os cenários mudam, as pessoas entram e saem, eis tudo. Nunca há começos. Os dias se sucedem aos dias, sem rima nem razão.'

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Caio Fernando Abreu - a imagem que eu tinha dele era a de um cara delicado e extremamente triste, angustiado e solitário, colocava-o lado a lado com Clarice Lispector, Fernando Sabino e outros grandes de seu tempo.
Após ler Morangos Mofados, notei que o escritor é EXTREMAMENTE superestimado. Ele não é tudo isso nem a pau. É só um drogado deprimido. E nesse quesito, meu velho, prefiro meu querido William Seward Burroughs. Aliás, gostei do Caio, gostei sim,como gosto do Burroughs(não tanto quanto), mas senti uma coisa nos textos dele: parece que escreve para exorcizar seus próprios demônios, escreve para desabafar. Feio demais chamar isso de literatura. O que salva é que , como Burroughs, o cara tem lampejos de lirismo impressionantes e fluxos de pensamentos plausíveis. Resumindo, é bom sim, mas não é tudo isso que dizem por aí.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Terça-Feira, 7 de Julho de 2009


Oi!

Hoje eu acordei meio apático, meio indiferente. Vesti um casaco de couro preto usado que comprei bem barato e fui trabalhar de moto. O dia foi tranquilo mas fiquei o tempo todo sentindo uma dorzinha no peito e um nó na garganta e uns sentimentos confusos: mistura de raiva, decepção e saudade. Logo que cheguei em casa, coloquei uma seleção de músicas na playlist do computador e deitei no escuro. Lá pelas sete e meia um amigo apareceu aqui de repente. Botamos o papo em dia, combinamos de sair uma noite qualquer, quem sabe ele passa aqui. Depois voltei para o quarto: mais música no escuro com a cabeça afundada no travesseiro. Resolvi tomar um banho. Banho tomado, volto ao mesmo quarto, ouço agora o ''As quatro estações'', da Legião Urbana (tão triste e tão bonito!). Vou deitar de novo. E lá, com a cabeça afundada no travesseiro, vou pensar, talvez chorar um pouco, e depois dormir. Até amanhã. Tenha bons sonhos e uma quarta-feira leve e tranquila.
Um beijo;
Até. (Quando?)

''We live in a beautiful world, yes we do yes we do...''

O mundo é só um lugar sem graça onde bilhões de pessoas acordam cedo todos os dias e seguem para seus trabalhos. É feio e é podre. A beleza do mundo está nos olhos de quem vê. É uma projeção, uma construção, e não um fenômeno. Para mim, algumas coisas tem que estar juntas para que haja beleza em uma pessoa: a sutileza, a doçura, a sinceridade tão rara nos dias de hoje. E é inconcebível que essa pessoa seja vulgar. A vulgaridade é uma das coisas mais feias. A beleza não é estética para mim. É algo ligado ao caráter, à personalidade e à linguagem. Vivo em busca da beleza ideal, mas muitas vezes engano-me, ao julgar tê-la encontrado. É incrível como uma única palavra pode destruir toda a beleza idealizada que foi projetada. Posso, facilmente, passar da admiração ao nojo. Realmente, os limites de minha linguagem denotam os limites do meu mundo. E eu tento, me esforço, para ver e viver em um mundo bonito.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Já escrevi sobre isso anos antes em algum lugar e volto a falar disso agora. Todo mundo sabe que eu comprei uma moto.Ponto. E uma vontade, um ''obscuro objeto de desejo'' que eu tinha, se tornou mais forte.Explico. Sempre, andando pela rua em um dia comum, ou em um ônibus viajando, enfim, à qualquer hora do dia durante todos os dias, eu peço à ''sei-lá-quem'', desejo, imploro, para que algo de muito ruim me aconteça . Sei lá, qualquer coisa braba. Um atropelamento por um caminhão ou ônibus em altíssima velocidade, um raio, um tumor, um AVC, qualquer coisa mesmo. Qualquer coisa que me tire a vida, cesse minha medíocre existência (não fui dramático aqui, juro.). Agora com a moto, enquanto acelero da casa para o trabalho e do trabalho para casa, fico feliz com a ideia de que de repente, por foças do Acaso, posso ''PÁ!'' Bater e morrer. O momento em que mais cheguei perto de ter esse desejo ontológico realizado foi há uns dias atrás, quando um homem enorme tentou assaltar-me com uma faca, também enorme, toda enferrujada. Na hora, não fiquei apavorado, não senti medo. Senti aquele calafrio de felicidade absoluta, de ''será que é agora?'' Se o homem tivesse me estocado com a faca, eu não estaria aqui agora, digitando isso. Não estaria existindo. Mas eu, agora, de fato, existo?

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Lawrence Lerlinghetti (poeta e dono da lendária City Lights Bookstore)



Que poderia ela dizer para o ursinho fantástico
Que poderia ela dizer para o irmão
que poderia ela dizer
para o gato de pés futuros
que poderia ela dizer para a mãe
depois daquela vez em que deitou toda tesa
entre as flores bambas
da margem quente de um rio
onde caíam samambaias em leque no ar quebrado
do hálito do seu namorado
e os passarinhos muito doidos
se jogaram das árvores
para provar ainda quente no chão
a semente de esperma arremessada.

quarta-feira, 1 de julho de 2009


Sexo verbal
Não faz meu estilo
Palavras são erros
E os erros são seus...

Não quero lembrar
Que eu erro também
Um dia pretendo
Tentar descobrir
Porque é mais forte
Quem sabe mentir
Não quero lembrar
Que eu minto também...
"Mas, na vida essencial, se nos reconciliássemos de alguma forma, nada mudaria. E a explicação é trivial: perdoar e amar, apesar de tudo, aqui não conta. Na vida comum costuma-se descartar o que há de descartar. Mas, na vida essencial nunca se descarta nada. Não há pecado, não há perdão, não há estados de ânimo, o essencial entra em contato com o essencial. É por isso que saber perdoar e reconciliar constitui uma debilidade, mas uma debilidade necessária à vida comum." (Lukács)