segunda-feira, 6 de julho de 2009

Já escrevi sobre isso anos antes em algum lugar e volto a falar disso agora. Todo mundo sabe que eu comprei uma moto.Ponto. E uma vontade, um ''obscuro objeto de desejo'' que eu tinha, se tornou mais forte.Explico. Sempre, andando pela rua em um dia comum, ou em um ônibus viajando, enfim, à qualquer hora do dia durante todos os dias, eu peço à ''sei-lá-quem'', desejo, imploro, para que algo de muito ruim me aconteça . Sei lá, qualquer coisa braba. Um atropelamento por um caminhão ou ônibus em altíssima velocidade, um raio, um tumor, um AVC, qualquer coisa mesmo. Qualquer coisa que me tire a vida, cesse minha medíocre existência (não fui dramático aqui, juro.). Agora com a moto, enquanto acelero da casa para o trabalho e do trabalho para casa, fico feliz com a ideia de que de repente, por foças do Acaso, posso ''PÁ!'' Bater e morrer. O momento em que mais cheguei perto de ter esse desejo ontológico realizado foi há uns dias atrás, quando um homem enorme tentou assaltar-me com uma faca, também enorme, toda enferrujada. Na hora, não fiquei apavorado, não senti medo. Senti aquele calafrio de felicidade absoluta, de ''será que é agora?'' Se o homem tivesse me estocado com a faca, eu não estaria aqui agora, digitando isso. Não estaria existindo. Mas eu, agora, de fato, existo?

Um comentário:

May disse...

aaaaaah, não! mas pra falar a verdade, entendo o que você sente. ás vezes, de madrugada, quando tô de carona com alguém que corre pra caralho no carro, eu sem querer imagino vários acidentes :B e penso neles sem medo .-.
"morrer não dói"