quinta-feira, 8 de maio de 2025

Oi, Deus, sou eu de novo...

    Nada a reclamar. Nada a lamentar. Ou melhor, as mesmas coisas de sempre. Então, não vamos nos repetir aqui. 

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    Vivo como quem espera um grande amor ou algo do tipo. Sabe do que falo? Ou uma enorme quantia de dinheiro, um presente inesperado de uma pessoa inesperada, aquele contato ou mensagem que pode mudar a vida, um cometa ou uma bomba atômica. Não fico ansioso com isso tudo. Fico esperançoso.

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    Acordo às 07:30h. A roupa sempre está em uma cadeira ao lado. Visto-me sem pressa (e com certa dificuldade em certos dias, por conta de uma inflamação infernal no piriforme). Vou ao banheiro e, após a higiene, sento no sofá por uns 5 minutos. Os gatos chegam aos poucos e me dão bom dia. Um afago aqui e ali, um pouco de colo. Sirvo a ração, tiro a moto da garagem e vou para o trabalho, o que não leva mais do que 10 minutos.

    Das 11:00h até 12:30h faço academia. Tomo um banho por lá mesmo. Volto ao escritório e almoço rapidamente na cantina. Às 17:30h retorno para casa. Às vezes passo em um supermercado ou cafeteria. Ontem mesmo passei em uma cafeteria da cidade. Comprei um enorme pão artesanal para levar para casa e pedi um espresso. O local estava lotado, com muitas pessoas conversando alto. Saquei o kindle da mochila e li um capítulo inteiro de Grandes Esperanças durante o ocaso outonal. Consigo focar na leitura em qualquer lugar e situação. Acabei o café e fui embora.

    Em casa, ajeito as coisas dos gatos, tomo um banho demorado e me deito um pouco. Depois coloco uma música ou podcast, enquanto faço uma bruschetta com o pão comprado mais cedo. Revejo alguns episódios de Friends. Penso em mandar mensagem para um amigo. Desisto. Pego o livro físico de Grandes Esperanças e continuo de onde parei no kindle. Sinto-me só. Suspiro. E espero.