Começo pelo que eu não sou. Eu não sou conservador. Não sou moralista ou religioso. Penso que cada adulto tem total liberdade para fazer o que bem entender, desde que pague pelas consequências, se for o caso. Do que eu estou falando? Do consumo de drogas. Por mim, se a pessoa quer experimentar crack ou Special K, fique à vontade. Se quiser fumar e cheirar todos os dias também.
Isso dito, devo também dizer: não há lugar para drogados em minha vida. Nunca houve. Viciados geralmente ou são pessoas perigosas (alguns podem te roubar, ou atuar como mediadores/informantes para que bandidos te roubem), ou são fodidos psicologicamente (vivem em mania, ou se tornam pessoas totalmente paranoicas ou depressivas) e todos, sem exceção, são muito doentes.
Já vi parente próximo destruir toda a vida, família e a si mesmo por conta de drogas. Mais de um. Já vi amigos perderem tudo. Então, minha tolerância com quem usa drogas é ZERO. E sim, isso inclui o pó eventual e a maconha habitual. Pessoas drogadas são insuportáveis. Fico feliz por ter eliminado todos os drogados da minha vida, do meu convívio. Gente assim pesa, sabe? Parece que arrastam a gente junto. Eu não consigo sequer ficar no mesmo ambiente deles.
Perdi grandes amizades para as drogas. Pessoas que mudaram completamente. Meu pai é um alcoolista há décadas e a família é fraturada por conta disso. Ou seja, eu sei do que falo. Drogados/viciados são pessoas fracas, doentes que precisam de ajuda especializada. Mas geralmente eles nunca dão o primeiro e mais importante passo: reconhecer isso.
Falando em álcool, um breve relato pessoal aqui: desde o começo da pandemia eu comecei a beber mais. Bebia em casa. Comprava whiskys e vinhos. Cheguei a beber 2 garrafas de whisky e umas 8 garrafas de vinho por mês. O gasto era alto e eu ia dormir quase toda noite chapado. Quando a pandemia acabou, o hábito continuou. E pior: eu ainda bebia na rua, em bares. Fiquei assim por uns 3 anos, até que acordei. Cortei 90% do álcool, não bebo mais em casa e nos bares apenas um chopp ou dois. Minha vida mudou em diversos aspectos. Mudou para melhor. Saí desta furada e perdi peso, ganhei ânimo e qualidade de vida. Eu estava intoxicado 24h por dia, praticamente. Assustador.
Sinto muita falta do que alguns amigos eram antes das drogas. Sinto falta do que meu pai era antes do álcool. Mas não posso controlar isso. Então, faço o que acho que deve ser feito: afasto-me. Os drogados têm um orgulho, uma empáfia, sabe? Acham-se sempre com a razão, riem na cara de quem quer ajudar e sentem-se sempre no controle. Mas nunca estão. No fundo, no fundo, sabem disso. Mas nunca admitem. A vida sem drogas é muito boa, é bem melhor. Dá uma clareza, sabe? A gente vê todo o horizonte, programa, projeta e corre atrás. Droga é atraso de vida, seja álcool e maconha ou ácido, comprimido, cogumelos ou ayahuasca. Coisa de gente fraca, de gente doente e que precisa de tratamento.
Viver não é fácil. Correr atrás não é fácil. Errar, perder e se frustrar não é fácil. Mas é o que faz de nós humanos.
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