Acordei de madrugada com o barulho da chuva. Na tv, um show de jazz com volume bem baixo. Viciei nisso, sabe. Ligo a tv, coloco um concerto de jazz qualquer e fico vendo deitado até pegar no sono. Desliguei a tv e voltei a dormir. Acordei algumas horas depois. Vesti a roupa e, por cima, a roupa impermeável. Saí de moto na chuva rumo ao trabalho.
Cá estou neste momento. Ainda chove lá fora (e essa saudade enjoada não vai embora, como disse Milton Nascimento). O vento úmido e frio entra pela janela aberta bem à minha frente. O café fresco e quente está ao alcance das mãos. Ouço o álbum Evermore, da Taylor Swift. Tudo está tranquilo, tudo está em paz.
Mas eu não estou feliz. Sinto-me brutalmente sozinho, ainda preso a um relacionamento que me traz mais amargura do que felicidade. Sinto que sou usado quando convém e descartado em qualquer outro caso. Enfim, não vou amargar este post com isso. Guardo em mim. Estou velho, sabe. E cansado. Sem força para brigar over and over and over again por algo que nunca vai mudar - eu é quem preciso mudar. É isso.
O café já está no fim. A próxima música do álbum é a última, "It's time to go".
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