É.Esse é mais um daqueles malditos desabafos como os que se encontram nas primeiras postagens desse blog pouco lido. De diferente? Tem eu.Mudei pra caramba (ia dizer caralho, mas quero evitar palavrões - estou com mania). Enfim, aquele que alguns chamavam carinhosamente de ''menino bonito, sonhador,romântico'' não existe mais. Agora existe um ser crítico,sarcástico, raivoso.E vazio. Em minha busca pela beleza, pelo amor, pela felicidade aristotélica, encontrei o horrível, o ódio e a tristeza.Tristeza essa pior que a dos primeiros posts.Porque a tristeza de antigamente tinha esperança de um dia encontrar a tal alegria, de se dissipar em uma lugar bonito, em alguém. E agora a tristeza está embasada na angústia causada pelo desespero de se ver só. Não socialmente.Não afetivamente só. Existencialmente só. Em tempos de blah blah blahs globalizacionistas e da extinção do indivíduo crítico e moral, vejo-me só. Só eu existo.E só eu sei o que significa tal desespero. Não confio em ninguém.Porque não há verdades que já não sei e não há mentiras que já não imagino.Não dependo de ninguém. como um suicida balançando na forca, segundos antes de sucumbir,sem ar, tento manter os olhos abertos e, pelo menos por um instante, ter mais um flash de inocência, daquela ignorância que fazia tudo ser/parecer bonito e promissor.Fade out...
Em meu quarto não há janelas. E a porta está emperrada,custa a abrir.Nesse quarto de subsolo, sujo, onde somente insetos que não vejo mas escuto fazem-me companhia,vivo meus dias mecanicamente,como qualquer ser humano. É duro ver-se só, independente na própria existência. Sou eu.Estou aqui. E o que Eu farei? Do que sou capaz?O que quero? Tornar-se único não é fácil. Voltar a ser um Eu não é fácil. Agora não mais busco a felicidade. Busco um modo, senão um porque que pessimista que sou creio que nunca irei encontrar, de viver.Existir só nesse manicômio a céu aberto. Por enquanto, encontro-me no vácuo da existência.Balanço no calabouço que se abriu e tento,ainda,abrir os olhos,sem ar.
Em meu quarto não há janelas. E a porta está emperrada,custa a abrir.Nesse quarto de subsolo, sujo, onde somente insetos que não vejo mas escuto fazem-me companhia,vivo meus dias mecanicamente,como qualquer ser humano. É duro ver-se só, independente na própria existência. Sou eu.Estou aqui. E o que Eu farei? Do que sou capaz?O que quero? Tornar-se único não é fácil. Voltar a ser um Eu não é fácil. Agora não mais busco a felicidade. Busco um modo, senão um porque que pessimista que sou creio que nunca irei encontrar, de viver.Existir só nesse manicômio a céu aberto. Por enquanto, encontro-me no vácuo da existência.Balanço no calabouço que se abriu e tento,ainda,abrir os olhos,sem ar.