Acordei adiantado hoje. Cheguei logo cêdo ao trabalho.Não tive coragem de tirar o cachecol. Ao digitar meu login no computador, não sentia a ponta dos meus dedos gelados.O primeiro álbum desse dia frio foi o Darklands. Soturno, melancólico, mas não tão deprê.Enfim,um clássico. Durante a tarde caminhei bastante, levando documentos de um lugar a outro. Gosto de andar com o tempo assim.As pessoas ficam mais elegantes e, por um tempo, não me vejo em meio a uma multidão com peitos e bundas de fora. Com o frio, vem o pudor (da proteção). Cheguei em casa e antes de ir para a faculdade tomei um banho. Devo admitir aqui: às vezes sinto vontade de incorporar um específico costume francês, em tempos frios...não é nada bom tomar banho todos os dias e sair tilintando da ducha quentinha e se secar depressa.No calor, vá lá, tomo até três banhos diários. Mas no frio...
Após uma noite tranquila de aulas na faculdade, noite amena, sem presenças desagradáveis em sala, um amigo veio comigo até em casa para finalizarmos um trabalho. Nos descontraímos. Fizemos o ''motherfuckin' work''. levei-o até em casa e, na volta, curti a solidão da cidade em uma segunda - feira de madrugada, sem carros nem pessoas nem nada nem ninguém a não ser eu.
Em casa, logo que abri a porta minha gata preta entrou comigo. Abri a geladeira, piquei vários pequeninos pedaços de carne e dei a ela (de tão velhinha já não tem dentes, então precisa da comida minimamente cortada para poder engolir). Sentei no sofá e ela deitou ao meu lado. no sofá da frente estava (ainda está enquanto escrevo este texto e com certeza ficará a noite toda) meu cachorro. Então fiquei em silêncio, olhando a gata tomando seu banho seco ao meu lado (banho seco no inverno é uma boa...) e o cachorro, sonolento, encarando-me carinhosamente. No silêncio da minha casa, junto dos animais, senti algo. Algo bom.Solidão, conforto. Fiquei pensando na ingenuidade dos dois ali comigo, na pureza simples dos animais. E, por um instante, só por um pequenino instante, senti-me assim também: ingênuo.Puro.
Após uma noite tranquila de aulas na faculdade, noite amena, sem presenças desagradáveis em sala, um amigo veio comigo até em casa para finalizarmos um trabalho. Nos descontraímos. Fizemos o ''motherfuckin' work''. levei-o até em casa e, na volta, curti a solidão da cidade em uma segunda - feira de madrugada, sem carros nem pessoas nem nada nem ninguém a não ser eu.
Em casa, logo que abri a porta minha gata preta entrou comigo. Abri a geladeira, piquei vários pequeninos pedaços de carne e dei a ela (de tão velhinha já não tem dentes, então precisa da comida minimamente cortada para poder engolir). Sentei no sofá e ela deitou ao meu lado. no sofá da frente estava (ainda está enquanto escrevo este texto e com certeza ficará a noite toda) meu cachorro. Então fiquei em silêncio, olhando a gata tomando seu banho seco ao meu lado (banho seco no inverno é uma boa...) e o cachorro, sonolento, encarando-me carinhosamente. No silêncio da minha casa, junto dos animais, senti algo. Algo bom.Solidão, conforto. Fiquei pensando na ingenuidade dos dois ali comigo, na pureza simples dos animais. E, por um instante, só por um pequenino instante, senti-me assim também: ingênuo.Puro.
Um comentário:
Me lembrei quando entrei no seu trabalho e reconheci você! hahaha :} Era tão legal aquela época, tudo tão mais simples, pra mim.
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