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segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Sobre Led Zeppelin, bolinhos de chuva e a semana que se inicia

 Acordei cedo. Quase duas horas mais cedo do que o normal. Separei a ração dos gatos, troquei a água e limpei as bandejas. Dobrei algumas roupas que estavam jogadas e organizei o quarto. Saí sem pressa para o trabalho.

No escritório, enchi um copo da starbucks até a metade com café coado, peguei alguns bolinhos de chuva e fui para a minha mesa começar o dia. O spotify, no modo aleatório, tocou Going to California. Senti uma felicidade imensa. Sem motivo algum. Algumas músicas do Led Zeppelin me dão uma nostalgia boa, sabe? Lembro dos meus 13 anos, quando comecei a descobrir o rock'n roll. 

Enfim, foi bom começar a semana assim. Com leveza e um pouquinho de alegria boba e sem motivo.

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

28/09/2022



 Saí do escritório e rumei para uma cafeteria. Bebi um expresso - horrível. Depois, pedi uma caneca de 700 ml de chope. O local lotou repentinamente, então coloquei meus fones intra-auriculares para abafar o ruído (amo o ruído natural de cafeterias: as pessoas conversando, talheres e pratos, máquinas de café soprando seu vapor, mas eu precisava de um pouco de foco). Peguei meu Kindle e abstraí totalmente na leitura. Estou lendo Homens Sem Mulheres, livro de contos do Murakami. Desde o primeiro conto, faço o seguinte: vou a uma cafeteria da cidade, sento e leio um conto inteiro lá. Já estou quase no fim do livro. O conto da vez foi Scheherazade.  

 Após ler metade e terminar o chope, pedi outro. Já estava levemente embriagado - não havia comido nada o dia todo. Na cafeteria, notei algo: o branding da marca é pautado em em encontros, relações, amizades etc. Em minha frente, uma letreiro em neon: "A vida é feita de encontros". E eu ali, sozinho. Meio patético, talvez. Ri disso internamente e segui com a leitura. Terminei o segundo chope e o conto - era sobre uma enfermeira cuidadora que faz sexo casual com um paciente deprimido - e sempre, depois do ato, ela conta alguma história. Daí o título.

 Saí da cafeteira e fui até uma cervejaria próxima. Lá, bebi mais dois pints, enquanto via um jogo do Flamengo - eu, que nem gosto de futebol. Algumas horas depois, em casa - a casa vazia, silenciosa - fiz algo para comer, tomei um banho e me deitei. Então senti algo estranho: certa embriaguez misturada com solidão misturada com apreensão e com uma boa dose de letargia. Continuei a ouvir as minhas músicas, olhando para o  teto até o sono chegar. Acordei com vontade de beber mais. Talvez hoje eu leia outro conto.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Dias de paz e amor

Eu sei, isso parece lema hippie ou nome de música sertaneja. Eu sei. Mas não há outro modo tão simples e sincero de dizer isso.

Nestes dias de feriado carnavalesco viajei para uma cidade um tanto maior do que a minha. Não fiz nada fora do normal.Fui ao shopping comprar roupas (e até me dei ao luxo de adquirir um perfume francês de uma marca inglesa que queria há tempos), fui também em restaurantes e pubs. Entre o hotel (confortável e com um gigantesco café da manhã) e os lugares que fui, entre um táxi e outro, choveu todo o tempo. O céu sempre cinza, com ventanias eventuais e uma chuva que variava entre garoa e tempestade.

Foram dias perfeitos. Dias de tranquilidade absurda, de paz e conforto. Dias que passei com sorriso no rosto e com a cabeça nas nuvens. Recarreguei minhas energias e estou pronto para encarar a realidade novamente e por um bom tempo.

E foram dias de amor. Não tenho (nunca tive) problema em fazer as coisas sozinho. Vou a restaurantes, viajo e passo grande parte dos meus dias fazendo tudo o que preciso e quero sozinho. Mas estar com alguém em uma viagem assim, com alguém que me ama e que é amada por mim, é algo único, que potencializa todas as boas sensações da viagem. Tomar um espresso vendo a chuva cair do outro lado da vitrine com ela ao lado, passear por aí de mãos dadas como dois adolescentes enamorados, beber em pubs rústicos e comer em restaurantes desconhecidos, caminhar por ruas vazias, entrar em uma loja qualquer para experimentar uma roupa, rir da programação da TV do hotel... Tudo isso fica colorido e leve, contrastando com o tempo lá fora, quando estou com ela. Pintamos arco-íris por onde passamos. 
 

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Saudade

Sinto muita saudade de quando blogs eram uma coisa ativa. De quando as pessoas tinham blogs, visitavam, liam, seguiam e comentavam em outro blogs. Era real. Algo muito diferente de comentários em redes sociais. Mas agora os blogs estão mortos. Alguns ainda usam o medium. É uma boa plataforma. Eu tive vários blogs e todos ainda estão ativos, mas sem novas postagens há anos. O único que ainda uso é este, mesmo sabendo que ninguém me lê mais. É uma maneira de matar esta saudade e também de exorcizar demônios através da escrita. Faço isso há uns 15 anos - este blog aqui tem mais de 12. É isso: escrever para não perecer.