Sempre que nos encontramos, tempestades acontecem ao nosso redor.
Por duas vezes, fomos a um mesmo café. Entramos e, antes mesmo dos pedidos chegarem à mesa, uma chuva forte caiu. E choveu por quase uma hora. Logo em seguida o sol saiu e fomos embora. Nas duas vezes.
Em um domingo nublado e gelado, viajamos até uma cidade vizinha. Paramos numa praça e compramos sorvete. Então um vento forte começou a soprar, o céu se escureceu ainda mais e uma tempestade caiu. Protegidos por uma marquise, ficamos ali tranquilamente vendo a tempestade limpar a cidade com sua força brutal. Depois fomos embora, sob um céu repleto de raios e trovões.
Nossas últimas viagens noturnas, todas elas, aconteceram sob severas tempestades de raios. O céu quase virando dia com raios colossais explodindo nos campos, o ar elétrico ao nosso redor (eu amo esta sensação de eletricidade no ar, essa sensação de suspense em tudo ao redor, de tensão, de prenúncio de tempestade) e o vento gelado e constante são a nossa paisagem.
Viajamos assim, entre tempestades. Em meio a todo o risco, tensão e beleza indomável da natureza, estamos nós. Vivemos entre tempestades também. Nem sempre belas, mas que sempre passam e abrem o nosso céu para mais um dia de sol.
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