segunda-feira, 8 de março de 2021

Sobre uma tarde cinza

 Tarde cinza. Chuvosa. Estou no meu terceiro expresso. Sem pressa. Sozinho. O som mecânico toca Shaggy (algo que nem gosto, mas que devo dizer que é agradável e cumpre bem seu papel como som ambiente). Lá fora, a chuva. Aqui dentro, eu, sozinho. Pessoas entram, compram e se vão. Só eu permaneço. 

Estou numa paz absurda. Bem tranquilo e calmo. Este é meu modo preferido de passar o tempo, em cafés. Passar o tempo vendo o tempo passar. Não glamourizo a solidão. Quem sabe, realmente seria uma tarde ainda mais agradável com uma companheira ou um amigo ao lado. Mas não reclamo. Aprecio a minha própria companhia. 

Nestes momentos bobos de chuva, café quente e forte, algo doce para quebrar, música ambiente (agora tocando Alanis), nestes momentos me sinto completo. Minha própria presença me basta. Assim como tudo ao redor. Até o barulho vindo da cozinha me é agradável. Estou em paz.


Ps.: Eu estava cantarolando Let Het Go, do Passenger, na minha cabeça, e pensando no significado da letra. Aí, do nada essa música começa a tocar aqui... Aiai.

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