Ontem o calor foi intenso. Hoje amanheceu frio e com chuva. Vesti minhas botas surradas, uma camisa, calça chino e uma jaqueta retrô da CCCP. No trabalho, tomo um café assim que chego. Está tudo tranquilo, tudo em paz. Agora, enquanto escrevo aqui, ouço Manchester Orchestra. O dia começou bem. Espero que termine assim.
quarta-feira, 25 de setembro de 2019
quinta-feira, 19 de setembro de 2019
Oi! Sonhei com você.
Dificilmente
tenho sonhos desagradáveis. Não consigo nem lembrar do último sonho
desagradável que tive. Pesadelos, então, sem chance. Meus sonhos
geralmente são comuns: alguns desejos reprimidos, algumas vontades
saciadas, algumas coisas nonsense e repetições do meu cotidiano.
Às
vezes eu sonho com alguém — que me encontrei com alguém, conversei.
Geralmente estes sonhos acontecem em Cafés, eu concertos ou caminhando
por alguma rua. Quando acordo, consigo lembrar de boa parte da conversa e
das sensações.
Hoje
mesmo tive um sonho assim. O problema é que, quando tenho este tipo de
sonho, fico com muita vontade de contar para a pessoa. Quando é alguém
com quem tenho intimidade, sempre falo sobre o sonho. Mas raramente
sonho com pessoas com as quais tenho intimidade. Portanto, o que fazer
quando o sonho é com alguém que mal conhecemos?
Imagina só, você abre seu aplicativo de mensagens e está lá: “oi, sonhei com você hoje a noite inteira”.
Não dá. Qualquer tentativa de contato para mencionar o sonho vai ser
tratada como uma cantada barata, se for com uma mulher, e se for com um
homem a reação pode ser ainda pior.
Não
há o que fazer. O jeito é colecionar estes sonhos, estas conversas
prazerosas e interessantes comigo. Mas sempre fico com essa vontade de
contar, mesmo depois de muito tempo.
Talvez
essa minha vontade de contar os sonhos possa ser explicada,
principalmente quando sonho com pessoas que não conheço bem. É algo
simples, até: tenho certa dificuldade de interagir com as pessoas e
socializar de modo geral. Então vejo estes sonhos como desejos que tenho
de estreitar laços com pessoas que acho interessantes, pessoas que me
atraem.
Não
acredito em nenhum tipo de espiritualidade ou conexão astral, nem em
nada semelhante, mas confesso, há algum mínimo resquício daquela
esperança infantil, daquela besteira toda idealizada de que a pessoa
possa, quem sabe, dizer “nossa, eu também sonhei com você”.
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segunda-feira, 16 de setembro de 2019
terça-feira, 10 de setembro de 2019
Sobre guardar comigo
Guardo comigo somente as coisas boas e os bons momentos - esses em forma de lembranças confortáveis e cheias de amor. Guardo cartas, dvds gravados com músicas e vídeos, bilhetes, abraços apertados e demorados, olhares, sorrisos cheios de cumplicidade, risadas e longas conversas. Guardo vozes, cheiros e todo o afeto que me demonstraram um dia. Mantenho todas essas lembranças em um cantinho mental especial, e todos os itens em uma caixa. Décadas de convivência, de trocas, de experiências. Guardo também um levíssimo sentimento de melancolia pelas pessoas que se foram, afastaram-se, mudaram, sumiram. Sinto falta de vocês. De algumas, mais ainda. De uma. Mas isso não é algo que me entristece de modo algum.
Ao olhar minha caixa de lembranças e ao vasculhar minhas memórias, sinto-me feliz de verdade. Em paz. Tento amar todos à minha volta e mantê-los por perto. Tento mesmo. Mas (e isso pode certamente ser um defeito meu) não consigo correr atrás de ninguém; correr atrás de atenção, de afeto, de amizade que um dia significou tanto, de amor... Penso que se o sentimento e a interação não são recíprocos, a vida segue...
Guardo em mim todo o amor do mundo. E compartilho com quem convive comigo. É isso.
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