sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Sobre abrir seu coração

Você não ganha nada ao abrir seu coração. Falar de sentimentos, de amor, de saudade, de desejos e vontades abertamente com quem quer que seja não é garantia de reciprocidade. Por isso, a esmagadora maioria das pessoas prefere se fechar. Essas pessoas não demonstram como realmente se sentem. Guardam rancores e amores por anos. E isso não é bom - as doenças psicossomáticas estão aí para provar.

Eu nunca fui de guardar sentimentos. Chega a ser paradoxal, porque sou uma pessoa que gosta de ficar quieta, que não curte grupos ou conversa fiada. Mas quando se trata de se abrir, para usar uma expressão em inglês que cabe bem aqui, "I wear my heart on my sleeve".

Hoje em dia a maneira como quase todos se relacionam com o mundo é pautada na recompensa. No retorno. Deste modo, muitos acham natural apenas demonstrar como realmente se sentem somente para pessoas em que confiam e sabem que retornarão ou pelo menos que compreenderão o sentimento. Para o mundo, para todas as outras pessoas, para as situações que envolvem risco - de não ter reciprocidade, de a pessoa se distanciar ou não gostar - a maioria se fecha.


Mas eu não consigo ser assim. Ainda não sei se isso é um defeito, mas é um fato. Eu sempre falo o que sinto - até mesmo em algumas situações em que não deveria. Não espero retorno, não espero que a pessoa também se abra comigo. Quando acontece é algo maravilhoso, mas é coisa rara. Já me abri com pessoas e contei coisas que guardava comigo há anos e não obtive uma resposta à altura da minha expectativa. Mas não me importo, porque não consigo ser diferente. Por ser assim, vivo sempre em paz e com uma sensação de leveza, de tranquilidade - ouso dizer até mesmo que vivo com amor - é possível, sim, viver uma vida repleta de amor!





quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Minha vida é um livro de Jostein Gaarder

Deixo a impressão de que sou uma pessoa pessimista. Pode parecer que não tenho nenhuma espiritualidade e não tolero religiões ou religiosos, muito menos crenças espiritualistas new age, que não tolero a companhia de pessoas e que critico todo mundo. Tenho a cara sempre séria e sou de pouca conversa - enfim, que não sou alguém sociável ou extrovertido.

Aparências.

Em meu interior, sou muitos. "Contenho multidões". E "tenho em mim todos os sonhos do mundo". Vivo minha vida, meu dia a dia, minha rotina como um personagem de um livro de Jostein Gaarder. Penso em minha garota das laranjas, respiro a metafísica ao meu redor. Sou "um curinga perambulando pelo mundo". Meus dias tem trilha sonora, cores variadas e são quase sempre de uma leveza catártica. Há dias cinzas, sim, e amo-os tanto quanto. Enfim, sei que sou difícil, e sei que poucos veem além da casca, da carapaça. Mas acredite em mim quando afirmo: tenho um parque de diversões na cabeça.


domingo, 12 de janeiro de 2020

Um sonho

Tive um sonho. E nele eu não soube o que fazer. Envergonhado, a vontade era de pedir desculpas e dizer: meu amor me afastou de você. Mas eu não disse nada. Não consegui.
Acordei.
E depois sonhei novamente. Com viagens, com ruas. Eu estava em um enorme restaurante. Te vi.
Você veio e falou comigo. Sorri. E acordei feliz. É reconfortante saber que mesmo (que seja só) no reino do sonhar, há afeto, há amor  - e tudo acaba bem.


quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Avenida Paulista - Andando na Chuva (ambiente)



Fiz este vídeo em minha última viagem para São Paulo. Gravei em HD, mas por algum motivo, ao fazer o upload o youtube deixou em 480p. Inspirei-me em um canal que adoro, o Nomadic Ambience.

2020

O novo ano começou bem.
Recebi uma promoção no trabalho.
Está chovendo e a temperatura caiu.
Neste momento ouço Death Cab For Cutie e tomo um café.
Tudo está silencioso, tudo está calmo.
E perfeito.


sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Ninguém me lê

Sei que ninguém lê este blog. As estatísticas não mentem. Escrevo para dar vazão a alguns sentimentos. Sensações. Lembranças. Mas, mesmo sem público, não consigo parar. Talvez algum leitor antigo se lembre deste canto da internet. Talvez algum novo leitor apareça. Ou, o mais provável, tudo continua como está. Enfim, se um dia alguém ler isso aqui, deixe um "olá". 


Numa imensa paz

Não tenho saído muito - raramente. Tenho viajado mais. Tenho estado mais calmo e não sinto mais nenhum tipo de melancolia insistente há tempos.

Não estou parado na vida - caminho lentamente, com meus próprios passos e em meu próprio ritmo, sem a ajuda de ninguém. E tenho em mente: crescer lentamente é melhor do que ficar parado.

No mais, continuo o mesmo: ouço minhas músicas, vejo meus filmes e sonho acordado. Sou todo suspiros e paz. Uma imensa paz.



segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Garoa e solidão

 A chuva continua.
 O conforto e a sensação de amor, de amar, também.
 Certas coisas nunca mudam.
 Às vezes, mesmo em meio a todo o caos e sujeira e barbárie, às vezes o mundo ainda é um lugar bonito.

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Neste último fim de semana fiz algo que não fazia há algum tempo. Peguei minha moto e rodei pela cidade. Passei por alguns lugares muito especiais para mim. Praças, casas, bares, ruas e cafés. Parei em um café antigo da cidade, chamado Café Pastel. Quantos momentos bons tive ali! Momentos de conversas longas e íntimas acompanhadas de cappuccinos e chás. Agora, só o silêncio.

Sou uma pessoa muito nostálgica. Já tentei lugar contra isso, mas hoje em dia aceito bem e isso não me entristece. Vivo de suspiros e memórias e saudade.