terça-feira, 25 de agosto de 2020

Estrada, calor e sexo

 Viajamos juntos para uma cidade sem nome. Andamos por um daqueles centros decadentes, com muita gente, lixo e lojas simples e sujas. O calor era escaldante. Paramos em uma lanchonete, comemos e bebemos algo e pegamos a estrada.

Era um carro velho, mas confiável. O vento que entrava pelas janelas não era suficiente para aplacar o calor. Apesar disso, ou por causa disso, a tensão sexual era intensa. Ela dirigia. Passei meu braço em volta de sua cintura e a beijei. Fizemos amor com o carro em movimento (não consigo explicar - sonho é sonho). Paramos em um motel barato de beira de estrada, entramos e continuamos ali, na cama, suados e incontroláveis. Assim ficamos por horas. Lembro de cada detalhe. Acordei (ainda no sonho) cansado e satisfeito. Fui para o trabalho caminhando e, na metade do caminho, pensei: por que estou a pé? Por que minha moto ficou em casa? E o motel, o carro, ela? 


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