segunda-feira, 22 de junho de 2020

A primeira tarde de inverno

Não fez frio, mas a temperatura estava agradável. Saí de casa às 15:00h, após lavar e lubrificar a moto. O trajeto foi  de apenas 30km, por uma estrada já bem conhecida e rodada. No entanto, mesmo um passeio curto assim é capaz de surtir efeito. Em casa tudo estava estranho e eu estava irritado e impaciente. Saí da cidade e, assim que peguei a primeira reta na rodovia e acelerei até 150, 160, tudo magicamente sumiu. Toda a raiva e impaciência.

O vento em meu rosto, o barulho do motor, a adrenalina, tudo passando rapidamente... Eu não pensava em nada. Apenas acelerei até o meu destino.

Uma vez lá, parei a moto em uma entrada da estrada e fiquei ali, totalmente em paz, vendo o primeiro pôr do sol do inverno com um sorriso de satisfação no rosto. Creio que seja isso que querem dizer quando associam moto à liberdade. Dirigir uma moto é zen. E quem é que tem tempo para ver pôr do sol hoje em dia? Quem tem paciência? Esses momentos simples e sublimes têm se tornado cada vez mais raros, assim como as pessoas capazes de apreciá-los.




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