A negra canta. Pode-se então justificar a nossa existência? Um pouquinho, muito pouco? Sinto-me extraordinariamente intimidado. Não é que tenha muita esperança. Sou como uma pessoa completamente gelada, depois duma longa viagem na neve, que entrasse de chofre num quarto aquecido. Essa pessoa ficaria imóvel ao pé da porta, ainda fria, e lentos arrepios lhe percorreriam todo o corpo. Não poderia eu tentar...É claro que não se trataria de compor uma música... mas não poderia um gênero diferente?
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Lá Nausée
A negra canta. Pode-se então justificar a nossa existência? Um pouquinho, muito pouco? Sinto-me extraordinariamente intimidado. Não é que tenha muita esperança. Sou como uma pessoa completamente gelada, depois duma longa viagem na neve, que entrasse de chofre num quarto aquecido. Essa pessoa ficaria imóvel ao pé da porta, ainda fria, e lentos arrepios lhe percorreriam todo o corpo. Não poderia eu tentar...É claro que não se trataria de compor uma música... mas não poderia um gênero diferente?
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
É uma droga ser patético. Ruim mesmo. Magoar-se fácil, por exemplo. Não queria ser assim...basta certa palavra, gesto ou ação de alguém para que eu me chateie,fique pra baixo, distante, e mostre claramente isso. Mas aprendi a não ser tão patético. Quando isso acontece agora eu me torno irônico e sarcástico. É o único jeito que achei de melhorar isso, pelo menos externamente. Por dentro, eu continuo com aquela cara de garotinho que não foi chamado pra brincar e ficou alí sozinho, no canto, excluído.Patético.
''e o que é a realidade senão um montão de fantasias?
e me disseram : veja a realidade, largue a fantasia, o colorido louco, essa volta ao primitivo que se encosta ao infantil, e eu respondi:
eu não posso, eu sou tudo isto. e vocês não acreditam que eu choro?
maldito e querido romantismo! romantismo louco porque está vivendo numa época louca! romantismo desesperado mas romantismo!
que fazer?
eu te amo.''
e me disseram : veja a realidade, largue a fantasia, o colorido louco, essa volta ao primitivo que se encosta ao infantil, e eu respondi:
eu não posso, eu sou tudo isto. e vocês não acreditam que eu choro?
maldito e querido romantismo! romantismo louco porque está vivendo numa época louca! romantismo desesperado mas romantismo!
que fazer?
eu te amo.''
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Uncle Vernon, Uncle Vernon!
Esses dias estou meio Tom waits, em todos os sentidos. Então, por favor, não levem nada a sério.
''Morreu com uma porrada na cabeça''.
E eu sou obrigado a passar perto desse prédio todo dia, toda hora. Não sei por que mas, toda vez qua ando por perto, fico imaginando uma barra se despregando de lá de cima e caindo silenciosamente bem em cima da minha cabeça. Pá! E nas manchetes: ''Morreu com uma porrada na cabeça''.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
''Nuit Et Brouillard'' e ''Cria Cuervos''
Nesse último domingo choveu o tempo todo. Eu que já não saio quase nunca, fiquei em casa assistindo filmes. Foram três: Short Cuts, que já falei aqui, Noite e Neblina, curta de Alain Resnais sobre os campos de concentração, ótimo, onde já é notavel todo o lirismo típico do autor, e suas tomadas demoradas, mostrando os campos nos tempos de hoje, desertos, em longos travellings. Todas as características tão peculiares desse cineasta expodiram e atingiram a perfeição em Hiroshima Mon'Amour.
E vi também Cria Cuervos, filme espanhol da década de 70, escrito e dirigido por Carlos Saura. Conta a história de três irmãs que, pouco tempo após perderem a mãe, perdem o pai e ficam aos cuidados da empregada e da tia. A história é focada em Ana, a que tinha maior ligação com a mãe (Geraldine Chaplin - sempre a achei bonita!). Mesmo depois de morta, a menina ainda a vê pela casa, através de recordações. Conversa com ela, relembra de cenas inteiras que aconteceram e ficaram marcadas, tiveram importância. Ela vê também, sem compreender muito bem, devido á sua inocência, cenas de traição, brigas. O que mais me chamou a atenção é o olhar sempre triste dessa garotinha, sempre distante.
É um filme sobre a doçura inocente e mágica das crianças, e sobre quando começamos a perder essa inocência. É um lindo filme, impossível não se sentir leve após assisti-lo. Leve e nostálgico. Eu sou desse grupo de pessoas que acha que a melhor época da vida é a infãncia. Pois é...saudade.
Essa parte resume bem todo o clima do filme. Quando a tia das garotas sai de casa por algumas horas, elas ficam brincando e, em certa hora, colocam uma música numa vitrola e dançam. É algo simples, porém me passa uma sensação tão boa! Vejo sempre esse video com um sorriso sincero no rosto.
É um filme sobre a doçura inocente e mágica das crianças, e sobre quando começamos a perder essa inocência. É um lindo filme, impossível não se sentir leve após assisti-lo. Leve e nostálgico. Eu sou desse grupo de pessoas que acha que a melhor época da vida é a infãncia. Pois é...saudade.
Short Cuts
Ontem assisti Short Cuts, de Robert Altman. Mais de 3 horas de filme quebra-cabeça, com um elenco perfeito (Tom Waits, Julianne Moore, Jack Lemmon, Robert Downey Jr.). As cenas são recortes, várias situações sem ligação ou conteúdo significativo aparente mas que, a partir da hora qeu vão se somando, transformam a trama em algo genial. E preciso dizer: a montagem é algo absurdo de tão perfeita, inteligente. E somente alguém como Altman pra levar à grande tela os escritos de Raymond Carver. Lí Short Cuts há uns 5 anos e fiquei impressionado, e desde então tenho procurado pelo filme. Só consegui assiti-lo agora. Tanta procura, sem dúvida alguma, valeu a pena. Essa noite até sonhei com o filme.Suas cenas ficaram se repetindo em minha cabeça, principalmente aquela famosa com a Julianne Moore (brincadeira!).
Não vou fazer nenhuma análise longa e chata aqui. Esse é um daqueles ''leia o livro e veja o filme'', não se arrependerá se fizer isso. Se alguém me perguntasse sobre o que é o filme, eu diria : é um filme sobre pessoas.
sábado, 24 de janeiro de 2009
Zzzz...
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Ano passado, nesse mesmo mês, eu estava tão perdido...as piores horas eram as que eu passava em casa.Pensava em tudo, ficava um tanto triste, ouvia umas canções melancolicas e então dormia.
Enfim...um ano se passou.
Entrei na faculdade de jornalismo, estou namorando. E estou pensando em voltar a escrever aqui com certa frequencia de novo.
Vou alí, tomar o capuccino de sempre, no Café de sempre. Anotar umas coisas num pedacinho de papel e depois, talvez, passá-las pra cá.
Até.
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