segunda-feira, 27 de maio de 2019

...E a semana se inicia.

Frio; muito frio. 
 
Peguei a estrada pouco antes das 7 da manhã. A paisagem estava linda, digna de uma pintura romântica. Neblina, sol de inverno, orvalho e um vento cortante e impiedoso. Depois de 5 minutos na rodovia, meus dedos perderam a sensibilidade. Duas calças. dois casacos, luvas e cachecol não foram suficientes para impedir que o frio penetrasse meu corpo. Viajei por mais de uma hora assim.
 
Ao chegar (fui direto para o trabalho), lavei as mãos e o rosto com água quente, comi algo e bebi um café quase fervendo. Mesmo assim, o frio ainda demorou algumas horas para deixar meu corpo.

Agora ainda faz frio. Dedico a tarde para escutar bandas novas de folk no spotify. O dia nem está na metade e já descobri várias!

...E a semana se inicia assim: Com frio e folk (e eu com um sorriso tranquilo no rosto).

sábado, 18 de maio de 2019

18/05/2019

Sábado de silêncio e solidão. De saudade. Noite de suspiros e de reflexão. De vontades, desejos e algum arrependimento. De paradoxos.
 Friozinho, cobertor de lã, chocolate quente, gatos e filmes.
Mas trocaria todo esse conforto no qual me encontro agora por alguma companhia significativa. Por alguma alma afim. Por alguém que fizesse alguma diferença.

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Sobre frio, chuva e um clube de leitura

Leitores são pessoas mais solitárias. E isso não quer dizer que sejam pessoas introspectivas ou que evitem contato. São mais solitárias, com foco no "mais", porque passam uma significativa parte de seu tempo lendo. E a leitura é um prazer individual. 

Como leitor voraz, sempre me senti frustrado ao terminar uma obra e não ter com quem conversar. Por isso decidi criar um Clube de Leitura em minha cidade. Em dois dias teremos nossa terceira reunião. E eu não poderia estar mais satisfeito com isso.

Marcamos nosso encontro sempre em um Café. E, entre cappuccinos e espressos, falamos sobre determinada obra por algumas horas. Abordamos o contexto histórico, social e econômico do período em que foi escrita, fazemos um background do autor, depois passamos a falar sobre estilo e estética, narrativa, personagens e a história em si. Ao fim, damos uma nota de 1 a 5. Tem sido uma experiência revigorante e espero que dure e que mais pessoas participem. É ótimo poder sair da bolha solitária de leitor e dividir opiniões e impressões.

Desde ontem faz frio aqui. Tem chovido também. Meu clima preferido. Mal posso esperar pelo próximo encontro.Ah, a obra escolhida foi Morro Dos Ventos uivantes, da Emily Brontë. Drama romântico com algumas características de literatura gótica, é a obra ideal para ser debatida em um tempo assim.   

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Ouroboros


Nestes últimos sete anos tive muitas turbulências na vida pessoal, profissional e sentimental. Amigos íntimos que se distanciaram (e como é difícil fazer novas amizades depois de uma certa idade!), mudança constante de trabalho (e de tipo de trabalho) e uma montanha-russa emocional que me causou a perda dos cabelos, do sono e da saúde, por um tempo.

Não acredito em muitas coisas. O que mais acredito, na verdade, é que nós humanos somos muito prepotentes ao achar que sabemos tudo sobre a vida, sobre nós mesmos e sobre tudo o mais. Não sabemos e jamais saberemos. Mas acredito também que a vida tem ciclos. Que existe certa repetição com variantes, como em um ouroboros. E, no momento, sinto-me no início de 2008. Não sei explicar. Talvez, por estar novamente escrevendo aqui, certas emoções floresceram novamente.

Mas tem mais. Algumas coisas em minha vida voltaram a ser exatamente como eram em 2008 - com variantes, como eu disse antes. Profissionalmente, por exemplo.Voltei a trabalhar em um escritório, em silêncio, ouvindo música o dia todo. É temporário, mas foi um retorno. Emocionalmente, sinto-me aberto a amar, a compartilhar tudo de bom que tenho a oferecer a alguém novamente. Sinto-me leve e com uma espécie de expectativa inexplicável em relação a tudo - como se desta vez eu pudesse consertar erros e seguir caminhos diferentes e melhores.

Enfim, provavelmente tudo não passa de sentimentalismo nostálgico e meu amadurecimento explique o motivo de eu me sentir assim. Mas não tenho certeza. E quem é que tem ?!
  

7 anos

Este foi o tempo que fiquei sem escrever por aqui. Entrei no blog semana passada e editei/revisei quase todos os posts. Muitos erros de português. Ainda preciso fazer uma revisão final. Mas não me culpo.

É interessante ler sobre coisas que eu sentia há anos, coisas que aconteceram e como eu escrevi sobre elas. Neste sentido, penso no quanto mudei. Se, por um lado, não sou mais ingênuo, pessimista, machista ou melancólico, por outro ainda sou uma pessoa sentimental e de paixões intensas.

E, principalmente, sou uma pessoa nostálgica. Por anos fugi da nostalgia. Daquela saudade de pessoas e lugares e momentos e sentimentos. Mas não tem jeito. Tudo acaba voltando uma hora. Repito: sou uma pessoa nostálgica - e agora que sei disso, procuro não fugir mais. Abraço a nostalgia. Reflito sobre ela, a contemplo e isso me faz feliz. Traz-me paz (ainda que haja, no fundo, aquele aperto no peito). Apesar de ainda amar muito alguns lugares pelos quais passei, alguns momentos que tive e algumas pessoas que passaram pela minha vida, não sou alguém que vive no passado. Não mesmo.O amor continua, mesmo que somente através da lembrança de lugares aos quais nunca voltei e de pessoas que não fazem mais parte de minha vida.

Bem, é isso. Ainda sou uma pessoa solitária. Ainda amo a chuva e a vida. E voltarei a escrever por aqui. Provavelmente, somente para mim mesmo.

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Às vezes sinto saudade de quando escrevia sobre coisas bonitas.

(anotação feita em 21/09/2009)
Prefiro mil vezes a verdade que destrói, a verdade que machuca, que humilha, a pior verdade imaginável,do que o amor mentiroso, o falso amor mágico, essa embriaguês que se acha acima das mazelas da vida quotidiana. Isso assim só em filmes e livros e olhe lá. Sim, mudei. Eu era uma pessoa mais bonita, mais inocente, mais ignorante antes. Acreditava na pureza, na sinceridade, nas pessoas. Agora? Não acredito em ninguém.

(anotação feita em 2010)

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Adeus.

...Passando rapidinho pra dizer que minhas lamentações e reflexões bizarras têm se tornado mais e mais íntimas. Então o jeito foi mudar o meio. De blog para moleskine. Sem mais.


Adeus.






Quando comecei esse blog, pensava que a vida era triste, porém bela, sublime e delicada e por isso devíamos nos agarrar a ela. Hoje não acho mais porra nenhuma disso, apenas repito: a vida é triste.

sábado, 14 de maio de 2011

14 de Maio de 2011.

Introdução
Acho deveras interessante fazer anotações pessoais por aqui. Depois de alguns anos, quero poder ler e pensar em como minha vida melhorou muito ou em como ficou ainda pior do que eu imaginei que seria possível. A quem ler, aviso: emotional trash ahead...

I
Carinho. Tenho sentido falta disso. Detesto pessoas grudentas, que conversam com voz de bebê ou tratam o outro (a) de "bem", "môr" ou coisa equivalente.Não é disso que sinto falta. Mas, se tem um troço que puxei de minha mãe, foi no sentimentalismo. Acho a coisa mais bonita quando as pessoas falam o que sentem. Quando não escondem os sentimentos.

II
Mas há quem pense ser desnecessário falar sobre isso, se expor.Pense que é bobeira, idiotice, chatisse mesmo. Pessoas que se dizem "realistas" e poraí vai. Há uns cinco ou seis anos, lembro que conversava com uma amiga sobre como eramos diferentes e sobre a expectativa negativa, o medo de um dia termos uma vida daquelas tipo "pai e mãe". Uma vida extremamente banal. Entediante. Sem carinho. Sem afeto. Sem atenção. Embasada naquele conformismo, naquela acomodação ruim de não ligar mais um para o outro. Se você acha que naquela época éramos pessimistas por pensar nessa possibilidade, engano seu. Éramos sonhadores por pelo menos cogitar que a vida não seria assim.

III
A última vez que senti as coisas que estou sentindo agora foi há uns 4 anos.Por aí. Parece uma porra duma doença: acordo desanimado, com um nó na garganta e o peito apertado e assim passo os dias. Sorrio para as pessoas, tento conversar."Estou bem; é só o cansaço". Em casa, não consigo mais ler nem ver filmes nem fazer nada direito. Parece que nada me importa mais. Tenho tido problemas para dormir. Semana passada fiquei dois dias acordados. Aquelas músicas tristes que eu ouvia e que me deixavam mal mas não mais, voltaram a me deixar muito mal. Quero conversar com alguém, desabafar.Mas não quero contato com ninguém. Sim,sei,paradoxal. O que eu quero, na verdade, no fundo, é pura e simplesmente a minha porra de paz de espírito de volta.