sexta-feira, 13 de maio de 2022

 Depois de adulto, a gente não fala mais de solidão. Não usa redes sociais para desabafar e sequer conversa com amigos sobre isso. A vida segue. Mas ela está lá, bem dentro de cada um. E é brutal. Quanto mais velho fico, mais sozinho eu me sinto.

Ontem eu cheguei em casa do trabalho, cansado e um pouco triste. Deitei antes das 18h e dormi até quase 21:00. Acordei, tomei um banho e saí para comer algo. Depois, fui ao cinema. E, no fim da noite, passei em um bar para beber algumas cervejas. Sozinho, sem falar com ninguém, apenas observando tudo e todos. Vivo assim por toda a minha vida, mas alguns dias são mais pesados do que outros. E o peso é cada vez maior.

 Neste fim de semana, para aliviar essa sensação sufocante e um pouco desesperadora de ser só no mundo, vou fazer o que sempre faço nessas ocasiões: dar um breve mergulho em minha zona de conforto. Rever filmes favoritos e ouvir velhas canções. Se me cansar disso, posso sempre dar uma volta de moto por aí, passar a manhã de sábado em algum café e a noite em algum restaurante. Sobreviverei.


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